sábado, 28 de novembro de 2009


“Se aos 30 anos você está sem flexibilidade e fora de forma, você é um velho. Se aos 60 anos você é flexível e forte, você é um jovem” (Joseph Pilates)

GRAVIDEZ E A ATIVIDADE FÍSICA









ALTERAÇÕES PROVOCADAS PELA GRAVIDEZ NO APARELHO LOCOMOTOR


Praticamente todas as mulheres grávidas experimentam algum desconforto musculoesquelético durante a gravidez. Estima-se que cerca de 25% delas apresentem ao menos sintomas temporários.

As mulheres grávidas apresentam um risco aumentado de queixas musculoesqueléticas, principalmente lombalgia.


A mudança do centro de gravidade, a rotação anterior da pelve, o aumento da lordose lombar e o aumento da elasticidade ligamentar são os principais responsáveis pelos sintomas. Já foi demonstrado que um programa de exercícios executado três vezes por semana durante a segunda metade da gravidez parece colaborar na redução da intensidade das dores lombares, aumentando também a flexibilidade da coluna.





EXERCÍCIO NA GRAVIDEZ
As mulheres sedentárias apresentam um considerável declínio do condicionamento físico durante a gravidez. Além disto, a falta de atividade física regular é um dos fatores associados a uma susceptibilidade maior a doenças durante e após a gestação.


Há um consenso geral na literatura científica de que a manutenção de exercícios de intensidade moderada durante uma gravidez não-complicada proporciona inúmeros benefícios para a saúde da mulher.


Apesar de ainda existirem poucos estudos nesta área, exercícios resistidos de intensidade leve a moderada podem promover melhora na resistência e flexibilidade muscular, sem aumento no risco de lesões, complicações na gestação ou relativas ao peso do feto ao nascer. Conseqüentemente, a mulher passa a suportar melhor o aumento de peso e atenua as alterações posturais decorrentes desse período.


A atividade física aeróbia auxilia de forma significativa no controle do peso e na manutenção do condicionamento, além de reduzir riscos de diabetes gestacional, condição que afeta 5% das gestantes. A ativação dos grandes grupos musculares propicia uma melhor utilização da glicose e aumenta simultaneamente a sensibilidade à insulina.


Os estudos também mostram que a manutenção da prática regular de exercícios físicos ou esporte apresenta fatores protetores sobre a saúde mental e emocional da mulher durante e depois da gravidez. Além disso, existem dados sugestivos de que a prática de exercício físico durante a gravidez exerce proteção contra a depressão puerperal.


Na literatura há alguns estudos envolvendo exercícios para a musculatura pélvica durante a gravidez. Eles são unânimes em afirmar os benefícios deste tipo específico de exercício como forma de prevenção à incontinência urinária associada à gravidez.







RISCOS PARA O FETO
A prática de exercícios acarreta riscos potenciais para o feto em situações em que a intensidade do exercício seja muito alta, criando um estado de hipóxia para o feto, em situações em que haja risco de trauma abdominal e em situações de hipertermia da gestante. Esses fatores podem gerar estresse fetal, restrição de crescimento intra-uterino e prematuridado.


Há algumas evidências de que a participação em exercícios de intensidade moderada ao longo da gravidez possa aumentar o peso do bebê ao nascer, enquanto que exercícios mais intensos e com grande freqüência, mantidos por longos períodos da gravidez, possam resultar em crianças com baixo peso.


Alguns estudos experimentais com animais demonstraram que temperaturas corporais acima de 39°C podem resultar em defeitos de fechamento do tubo neural, que deve ocorrer normalmente por volta do 25o dia após a concepção. Embora esse risco não tenha sido confirmado em humanos, sugere-se evitar sempre situações que resultem em hipertermia materna durante o primeiro trimestre de gravidez.


Durante o período de amamentação, desde que a ingesta calórica e hídrica da mãe se mantenha normal, os exercícios leves a moderados não afetam a quantidade ou a composição do leite, e por isso não exercem qualquer impacto sobre o crescimento do lactente.






CONTRA-INDICAÇÕES DE EXERCÍCIO DURANTE A GRAVIDEZ
O exercício regular é contra-indicado em mulheres com as seguintes complicações:
- Contra-indicações absolutas
- Doença miocárdica descompensada
- Insuficiência cardíaca congestiva
- Tromboflebite
- Embolia pulmonar recente
- Doença infecciosa aguda
- Risco de parto prematuro
- Sangramento uterino
- Doença hipertensiva descompensada
- Suspeita de estresse fetal
- Paciente sem acompanhamento pré-natal
- Contra-indicações relativas
- Hipertensão essencial
- Anemia
- Doenças tireoidianas
- Diabetes mellitus descompensado
- Obesidade mórbida
- Histórico de sedentarismo extremo




- PRESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS
Todas as mulheres que não apresentam contra-indicações devem ser incentivadas a realizar atividades aeróbias, de resistência muscular e alongamento. As mulheres devem escolher atividades que apresentem pouco risco de perda de equilíbrio e de traumas. O trauma direto ao feto é raro, mas é prudente evitar esportes de contato ou com alto risco de colisão.


Deve-se tomar o cuidado de não se exercitar vigorosamente em climas muito quentes e de prover a hidratação adequada, de modo a não prejudicar a termorregulação da mãe.



Com base em pesquisas na área de exercício e gravidez, o Sports Medicine Australia elaborou as seguintes recomendações:
- Em grávidas já ativas, manter os mesmos exercícios realizados anteriormente, sejam estes exercícios aeróbios ou anaeróbicos, em menor intensidade, sendo moderada durante a gravidez;

 
- Não realizar troca de modalidade de exercício, não é aconselhável adaptações, é contra indicado também exercícios com impacto, como corrida, saltos, e muito contato físico, basqueteball, voley, tenis, dentre outros.

 
- Exercitar-se três a quatro vezes por semana por 20 a 30 minutos. Em atletas é possível exercitar-se em intensidade mais alta com segurança;

 
- Os exercícios resistidos também devem ser moderados. Evitar as contrações isométricas máximas para não elevar a PA

 
- Introduza em seu treino exercícios para mobilidade de quadril e períneo

 
- Elabore a zona de treinamento para sua aluna, grávida apresenta FC elevada de base, exercícios até 140bpm se tornou mito.

 
- Evitar exercícios na posição supina por mais de 3 minutos, pela compressão da veia cava

 
- Evitar exercícios em ambientes quentes e piscinas muito aquecidas; pois o feto não consegue dissipar o calor

 
- Desde que se consuma uma quantidade adequada de calorias, exercício e amamentação são compatíveis;

 
- Interromper imediatamente a prática esportiva se surgirem sintomas como dor abdominal, cólicas, sangramento vaginal, tontura, náusea ou vômito, palpitações e distúrbios visuais;

 
- Não existe nenhum tipo específico de exercício que deva ser recomendado durante a gravidez. A grávida que já se exercita deve manter a prática da mesma atividade física que executava antes da gravidez, desde que os cuidados acima sejam respeitados.
  Fonte:Milena Dutra e Luzimar Teixeira




VEJA MATÉRIA PUBLICADA NESTE BLOG 
EM 28 FEV 2010
PILATES E GRAVIDEZ

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

CAMINHADA

CAMINHAR EMAGRECE?


A caminhada é considerada ideal para aquela pessoa sedentária que resolveu começar uma atividade física. Há diversos benefícios, mas você sabe quais? Vamos listar alguns! Animação e “pé na estrada”. Lembre-se de antes de começar uma atividade física, mesmo a caminhada, é necessário fazer uma avaliação médica.

- Emagrece. A caminhada aliada a uma boa alimentação pode ajudar a emagrecer, já que é um exercício aeróbio. Queima calorias e, conseqüentemente, ajuda no controle do peso.

- Auxilia no controle do colesterol e da diabete. A caminhada propicia um melhor condicionamento cardiovascular e pode ajudar a reduzir as taxas de colesterol ruim (LDL e o VLDL). Além disso, pode reduzir os níveis de glicose e melhorar a ação da insulina no corpo.

- Melhora o humor. Deixa a pessoa mais vigorosa e ativa, pois garante a oxigenação do cérebro e, se feito com freqüência, libera a endorfina, que também é chamado de hormônio do bem estar, promovendo uma sensação de prazer, disposição e uma maior animação para a vida. Além disso, você pode usar o tempo da caminhada para refletir sobre seus projetos, sua vida.

- Deixa os ossos mais fortes. As atividades físicas tornam os ossos mais fortes, especialmente a caminhada, já que o grande trabalho se dá nos membros inferiores que sustentam todo o peso do corpo.

- Fortalece os músculos. Fortalece principalmente os músculos dos membros inferiores e isso pode contribuir, inclusive, a ter uma postura melhor, corrigindo aqueles vícios de má postura e sendo vital para quem sente dores na coluna. É importante ficar atento para a forma correta de se caminhar.

- Melhora a respiração. A caminhada contribui para estimular os pulmões e isso, juntamente com outros benefícios, melhora o condicionamento físico e conseqüentemente, melhora a respiração, já que oxigena as células do corpo.

- Aumenta a circulação do sangue. Isso contribui para o controle da hipertensão arterial e também para diminuição do risco de varizes.

- Melhora a imunidade do corpo. Exercícios feitos regularmente influenciam na imunidade do organismo.

- Ajuda a dormir melhor. A caminhada, assim como a maioria das atividades físicas, pode contribuir para uma boa noite de sono, inclusive para aquelas pessoas que possuem problemas de insônia.

- Diverte. Isso mesmo! Depois que a caminhada torna-se um hábito, você se diverte praticando-a, além de poder fazer novas amizades “de caminhada” e faz você se sentir mais relaxada e mais animada para as outras tarefas da sua vida.

sábado, 21 de novembro de 2009

A ATUAÇÃO DO PILATES NA ANDROPAUSA ( a menopausa masculina)



ANDROPAUSA é uma referência ao fenômeno hormonal que ocorre nas mulheres: a menopausa. Porém, o quadro masculino não apresenta os mesmos tipos de alterações físicas. Entre as alterações hormonais mais comum está a redução dos níveis de testosterona, mas que não resulta na interrupção completa de sua capacidade reprodutiva. Há muitas diferenças entre a menopausa e a andropausa.

Não existe uma faixa de idade mais comum para início dos sintomas e nem todos os homens apresentam este problema. Nos homens, estima-se que 21%, com idade variando entre 60 a 80 anos e, mais de 35% dos homens com mais de 80 anos, apresentarão sintomas da baixa hormonal.

Até hoje, há especialistas que defendem que a andropausa é apenas uma condição psicológica. Outros a associam à redução da libido, disfunção erétil e outras reações relativas ao desempenho sexual. Outros especialistas acrescentam a atrofia muscular, aumento da gordura corporal, alterações de humor e diminuição da força, dentre os componentes dessa verdadeira "síndrome".

Toda a abrangência de sintomas, cuja intensidade e manifestação divergem de homem para homem, faz com que existam muitas exceções à regra para definir objetivamente o conceito do distúrbio. O diagnóstico, porém, apenas poderá ser ditado por um médico, mediante a avaliação específica e especializada das condições apresentadas pelo paciente.

A andropausa ou climatério viril são termos usados para designar um quadro clínico de diminuição do hormônio masculino testosterona, que ocorre em uma parcela significativa de homens acima de 60 anos ou mesmo um pouco antes, a partir dos 50 anos. Determinados hábitos de vida e o stress psicogênico são alguns dos fatores contribuintes para esta ocorrência mais precoce.

O hormônio masculino testosterona é produzido por células nos testículos, que são estimulados por hormônios produzidos pela hipófise. Na adolescência, é responsável pelas características sexuais, como desenvolvimento do pênis, aumento dos pelos, mudança de voz e aumento da massa muscular. O testículo é responsável por 90% da produção de testosterona. Entre os fatores que podem determinar a andropausa está a falência e atrofiamento do testículo, que pode ocorrer em qualquer idade e causar a queda na produção do hormônio masculino. A diminuição da testosterona pode ser determinada também quando a hipófise para de exercer sua função de estimular os testículos.

A andropausa não é um processo isolado, mas parte de outro mais amplo que é a senescência, a qual ocorre a partir de várias idades e por uma série de fatores variados, dos quais o mais importante é a hereditariedade. Na senescência ocorre uma série de alterações nos níveis circulantes de hormônios, neurotransmissores, vitaminas e diversas outras substâncias, sendo que algumas destas alterações bioquímicas colaboram para o declínio da função androgênica do homem idoso.

A base fisiológica que fundamenta a variação individual nos níveis de testosterona observada em qualquer idade não está ainda bem elucidada. Além do próprio processo de envelhecimento, existem fatores fisiológicos e outros relacionados ao estilo de vida (alimentação, atividade física, sexualidade etc.) que influenciam a variabilidade destes níveis, e que devem ser considerados na avaliação do homem idoso. A hereditariedade é um deles.

Quanto aos fatores relacionados ao estilo de vida, uma dieta vegetariana e rica em fibras parece estar associada a níveis mais elevados de testosterona do que uma dieta a base de carnes com altos conteúdos lipídicos.

O tabagismo parece favorecer os níveis de testosterona em cerca de 5% a 10% em relação a não-fumantes jovens ou idosos. No entanto, análises de multirregressão variada indicam que fumar mais de 10 cigarros por dia leva a uma andropausa mais precoce, trazendo o início da mesma para menos de 50 anos.

O abuso de drogas e de álcool também pode acentuar o decréscimo de testosterona próprio da idade. O estresse, tanto físico quanto psíquico, é um potente redutor androgênico. Também há indícios de que o estresse psicogênico e a depressão em homens não idosos possam contribuir para um quadro de andropausa cada vez mais precoce.

Mesmo que a senescência reduza os níveis de testosterona, doenças intercorrentes nesta fase podem acentuar o declínio da produção do hormônio. O infarto agudo de miocárdio e as cirurgias causam declínios transitórios, ainda que intensos da testosterona livre. Já doenças crônicas induzem reduções mais prolongadas. Homens idosos com diabete tipo 2 têm níveis reduzidos de testosterona. A insuficiência renal crônica, a síndrome de apnéia noturna e algumas patologias endócrinas também podem intensificar o quadro de hipoandrogenismo no homem idoso.

Sintomas da andropausa:
• Diminuição da massa muscular
• Aumento do peso, sobretudo, aumento da gordura abdominal
• Tendência à anemia e osteoporose
• Diminuição do interesse sexual
• Queda dos pêlos sexuais
• Dificuldade de ereção
• Maior sonolência
• Dificuldade de concentração
• Problemas de memória e dificuldade de concentração
• Apatia e depressão

Para verificar o possível quadro de andropausa, devem ser feitos testes de sangue, que medem o índice de testosterona livre e total e o nível de prolactina, que, se elevado, reduz a testosterona.

Os testes de ereção devem ser feitos por um urologista e deve ser medida a densidade óssea (densitometria óssea). Os homens com idade acima dos 40 anos devem realizar a medição de testosterona regularmente, principalmente se apresentar diminuição do interesse sexual e dificuldade de ereção associados ou não aos demais sintomas.

A estimulação da secreção hormonal pelo próprio corpo e a reposição hormonal é fundamental para que os homens com andropausa possam levar uma vida normal. O paciente então pode se beneficiar com o aumento da massa muscular, diminuição da proporção de gordura e combate a anemia e osteoporose, aumento do libido. Porém, se houver exagero no uso, pode haver crescimento das mamas, aumento do numero de glóbulos vermelhos no sangue, retenção de agua e sais minerais, aceleração do crescimento de tumores na próstata (pacientes que fazem reposição devem fazer uma avaliação da próstata a cada 6 meses). O uso na forma de reposição não induz a formação do tumor e sim apenas estimula seu crescimento. Por isso a necessidade dos exames periódicos para fazer diagnóstico precoce.

É importante ressaltar que as mudança dos hábitos alimentares, com a supressão dos açúcares, o equilíbrio entre os lipídios ingeridos, a perda de peso, exercícios físicos regulares e o monitoramento dos índices hormonais são a chave para o restabelecimento de um padrão de vida.

Para revelar a andropausa é preciso estar atento as mudanças no corpo, e ainda é recomendado que se procure um urologista após os 40 anos, pois assim o especialista poderá avaliar a dosagem desse hormônio no organismo. E alguns casos a reposição do hormônio é indicada pelo médico, além da mudança de hábitos alimentares, ATIVIDADES FÍSICAS e monitoramento dos índices hormonais, tudo isso pode influenciar na melhora da condição mental, física e sexual do indivíduo.

O PILATES pode trazer benefícios e auxiliar no equilíbrio da produção dos hormônios, aumentando a resistência imunológica, equilibrando as funções orgânicas e promovendo a reparação celular.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A POSIÇÃO IDEAL PARA O BEBÊ DORMIR


Recomendação Atual da Sociedade Brasileira de Pediatria

A POSIÇÃO PARA DORMIR DO BEBÊ:

O que se recomendava antes:

Até dois anos atrás, a indicação era que o bebê dormisse preferencialmente de lado.

O que se recomenda hoje:

A Academia Americana de Pediatria determinou que o ideal é colocar o bebê para dormir de barriga para cima.

Comentário:

Os estudos mostram que o risco de um bebê ser vítima de morte súbita é nove vezes maior se ele está deitado de bruços.

Se a criança é colocada de lado, existe o risco de, em casa de vômito, ela sufocar.

De barriga para cima, ela consegue tossir, chamando a atenção dos pais

Inspire-se nos famosos que praticam pilates


Se a agitação dos exercícios em uma academia não parece ser atrativa, mas perder peso e tonificar músculos faz parte da sua meta, junte-se a turma adepta do PILATES. Confira os benefícios do exercício que tem a cantora Madonna, Brad Pitt, entre outras estrelas, como fiéis praticantes.
Madonna atribui a prática regular de pilates o corpo enxuto nos seus 51 anos. "O método auxilia na obtenção de um corpo com baixa porcentagem de gordura corporal e discreta hipertrofia muscular, evidenciando a beleza física"


VEJA TAMBÉM MATÉRIA PUBLICADA EM
2 JAN 2010
FAMOSOS E PILATES

domingo, 15 de novembro de 2009

DOR NO COTOVELO



DOR NO COTOVELO
Sinônimos:
cotovelo de tenista, tendinite, epicondilite lateral
Há várias causas de dor no cotovelo, mas certamente a mais freqüente é uma tendinite comprometendo tendões que se inserem na parte lateral do cotovelo.

O que é tendão?
Tendão é a extremidade do músculo e está firmemente aderido ao osso para, quando o músculo se contrair, mover o osso. Com freqüência, os pacientes chamam tendões de nervos.

Onde se localizam os tendões comprometidos?
Ponha a palma da mão para cima. Deslize seus dedos pelo bordo lateral do antebraço até o cotovelo. O osso que você está palpando é o úmero e nesta região, chamada epicôndilo lateral, inserem-se os tendões dos músculos que fazem a elevação da mão e dos dedos.

O que é tendinite?
O sufixo ite significa inflamação. O mecanismo que gera inflamação na grande maioria das tendinites é semelhante ao que ocorre quando se corta uma cutícula, enfia-se uma felpa embaixo da pele ou de um corte cirúrgico. O tecido é lesado; ele não pode infeccionar e precisa cicatrizar. Cria-se uma reação inflamatória. Células de defesa migram para o local e aparecem calor, vermelhidão, edema e dor. O resultado final é a cicatrização.

O uso continuado dos tendões, principalmente sob tensão, provoca rasgões microscópicos, mas é o suficiente para desencadear uma reação inflamatória. Tendões jovens são flexíveis e resistem às tensões e somente são lesados sob estresse intenso e/ou contínuo. Com o passar dos anos, perdem progressivamente a flexibilidade e ficam expostos às trações exercidas pelas contrações musculares. As tendinites que ocorrem nestas circunstâncias são classificadas como secundárias a microtraumatismos de repetição.

Manifestações clínicas
A dor pode aparecer somente ao se segurar um objeto, ao escrever ou ao carregar um pacote. Pode localizar-se ao redor do epicôndilo lateral e irradiar-se ao longo do antebraço. Os pacientes podem não perceber que a origem da dor é o cotovelo. Às vezes ela é fraca e crônica e outras vezes aguda e muito forte. Pode haver sensação de perda de força de preensão da mão. Outras causas de tendinite do cotovelo são as doenças inflamatórias como artrite reumatóide e gota.

Outras causas de dor no cotovelo:
Epicondilite medial(menos freqüente)compromete os músculos que fazem a flexão da mão
Bursite
Lesões ligamentares
Compressão de raiz nervosa
Doenças da articulação
Doenças ósseas
Dor irradiada da coluna cervical ou do ombro.

Tratamento (progressão de acordo com a evolução):
Repouso, imobilização, analgésicos ou anti-inflamatórios
Fisioterapia incluindo exercícios de alongamento
Cirurgia

domingo, 1 de novembro de 2009

DOR CIÁTICA E SÍNDROME DO PIRIFORME TRATADOS COM PILATES


A Síndrome do Piriforme é uma irritação do nervo ciático devido à sua compressão pelo músculo piriforme na sua saída da pelve para a região glútea. O nervo ciático passa debaixo do piriforme, mas em algumas pessoas ele passa através dele, aumentando a probabilidade para ocorrer a síndrome. Se esse músculo, sofrer uma tensão, espasmo, encurtamento ou hipertrofia, o nervo ciático poderá ser comprometido. Entretanto, deve-se ficar alerta para o fato de que o desequilíbrio pélvico pode ser responsável por um desequilíbrio entre os rotadores internos e externos.

O piriforme é um pequeno e profundo músculo em forma de pêra que se origina na superfície pélvica do sacro (porção final da coluna) e conecta-se no trocanter maior do fêmur (osso da coxa). Sua principal função é promover a rotação externa da coxa ou mover a mesma lateralmente, função estas, realizadas com o auxílio de outros cinco músculos localizados na parte profunda do quadril, sob os glúteos. São os músculos rotadores.

O nervo ciático é o maior nervo do corpo, emerge da pelve em direção à região posterior da coxa e passa por entre esses músculos rotadores.

A síndrome do piriforme causa dor profunda na superfície posterior do quadril e nádega, dormência e formigamento em direção às pernas e lombalgia.

O paciente pode apresentar aumento da dor ao caminhar, correr, aos movimentos de rotação lateral do quadril, durante os movimentos de sentar e levantar, ao ficar em pé.

É comum em esportes que envolvem corrida, mudança de direção ou descarga de peso excessiva. Corrida em terrenos duros ou irregulares, subir escadas, atividades que exijam muito agachamento e uso de calçados inapropriados para o tipo de pisada ou gastos demais também podem auxiliar no desenvolvimento da dor. O excesso de exercícios que enfocam os glúteos conduz a um aumento rápido e exagerado dos glúteos podendo causar compressão do nervo ciático e inflamação (neurite).

Ficar sentado por longos períodos, principalmente com a coxa em rotação externa diminui o fluxo sanguíneo para a região do músculo e altera a fisiologia do piriforme (e dos músculos próximos à ele também) provocando o encurtamento. A falta de alongamento irá contribuir para que a musculatura envolvida tencione ainda mais e piore os sintomas.

O tratamento pode abranger medicamentos analgésicos, antiinflamatórios e relaxantes musculares sob prescrição médica, injeção local de anestésicos e corticosteróides, repouso, cirurgias nos casos mais graves e sem melhora com tratamento clínico por período prolongado.

O PILATES pode agir tanto na prevenção como no tratamento desta síndrome.
A prevenção pode ser feita através de um programa de exercícios individualizados que envolvem, sobretudo, alongamentos dos músculos glúteos, rotadores internos e externos do quadril; mobilização de quadril e membros inferiores.

Já a ação do PILATES no auxílio do tratamento desta síndrome, trata-se de uma reabilitação com o objetivo de permitir o retorno ao esporte e as atividades da vida diária de forma segura e efetiva. São focados os movimentos, força e flexibilidade dos membros inferiores, exercícios de transferências e que simulam o caminhar, o trote, a corrida, mudanças de direções e saltos; sempre adaptados à individualidade do indivíduo, objetivo, e no caso de atletas e esportistas, à especificidade da modalidade.
FONTE: flexuspilates

CUIDE-SE COM O DERRAME


ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL


Sinônimos:

AVC, Derrame Cerebral.

O que é?

O acidente vascular cerebral é uma doença caracterizada pelo início agudo de um deficit neurológico (diminuição da função) que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo envolvimento focal do sistema nervoso central como resultado de um distúrbio na circulação cerebral; começa abruptamente, sendo o deficit neurológico máximo no seu início podendo progredir ao longo do tempo.

O termo ataque isquêmico transitório (AIT) refere-se ao deficit neurológico transitório com duração de menos de 24 horas até total retorno à normalidade; quando o deficit dura além de 24 horas, com retorno ao normal é dito como um deficit neurológico isquêmico reversível (DNIR).

Podemos dividir o acidente vascular cerebral em duas categoria


O acidente vascular isquêmico consiste na oclusão de
um vaso sangüíneo que interrompe o fluxo de sangue
a uma região específica do cérebro, interferindo com
as funções neurológicas dependentes daquela região
afetada, produzindo uma sintomatologia ou
deficits característicos.


No acidente vascular hemorrágico existe hemorragia
(sangramento) local, com outros fatores
complicadores tais como aumento da pressão
intracraniana,
edema (inchaço) cerebral, entre outros,
levando a sinais nem sempre focais.

Como se desenvolve ou se adquire?

Vários fatores de risco são descritos e estão comprovados na origem do acidente vascular cerebral, entre eles estão: a hipertensão arterial, doença cardíaca, fibrilação atrial, diabete, tabagismo, hiperlipidemia. Outros fatores que podemos citar são: o uso de pílulas anticoncepcionais, álcool, ou outras doenças que acarretem aumento no estado de coagulabilidade (coagulação do sangue) do indivíduo.

O que se sente?

Geralmente vai depender do tipo de acidente vascular cerebral que o paciente está sofrendo: isquêmico? hemorrágico? Sua localização, idade, fatores adjacentes.


Fraqueza:

O início agudo de uma fraqueza em um dos membros (braço, perna) ou face é o sintoma mais comum dos acidentes vasculares cerebrais. Pode significar a isquemia de todo um hemisfério cerebral ou apenas de uma pequena e específica área. Podem ocorrer de diferentes formas apresentando-se por fraqueza maior na face e no braço que na perna; ou fraqueza maior na perna que no braço ou na face; ou ainda a fraqueza pode se acompanhar de outros sintomas. Estas diferenças dependem da localização da isquemia, da extensão e da circulação cerebral acometida.


Distúrbios Visuais:

A perda da visão em um dos olhos, principalmente aguda, alarma os pacientes e geralmente os leva a procurar avaliação médica. O paciente pode ter uma sensação de "sombra'' ou "cortina" ao enxergar ou ainda pode apresentar cegueira transitória (amaurose fugaz).


Perda sensitiva:

A dormência ocorre mais comumente junto com a diminuição de força (fraqueza), confundindo o paciente; a sensibilidade é subjetiva.


Alterações da linguagem e fala (afasia):

É comum os pacientes apresentarem alterações de linguagem e fala; assim alguns pacientes apresentam fala curta e com esforço, acarretando muita frustração (consciência do esforço e dificuldade para falar); alguns pacientes apresentam uma outra alteração de linguagem, falando frases longas, fluentes, fazendo pouco sentido, com grande dificuldade para compreensão da linguagem. Familiares e amigos podem descrever ao médico este sintoma como um ataque de confusão ou estresse.


Convulsões:

Nos casos da hemorragia intracerebral, do acidente vascular dito hemorrágico, os sintomas podem se manifestar como os já descritos acima, geralmente mais graves e de rápida evolução. Pode acontecer uma hemiparesia (diminuição de força do lado oposto ao sangramento) , além de desvio do olhar. O hematoma pode crescer, causar edema (inchaço), atingindo outras estruturas adjacentes, levando a pessoa ao coma. Os sintomas podem desenvolver-se rapidamente em questão de minutos.

Como se trata e como se previne?

Inicialmente deve-se diferenciar entre acidente vascular isquêmico ou hemorrágico.

O tratamento inclui a identificação e controle dos fatores de risco, o uso de terapia antitrombótica (contra a coagulação do sangue) e endarterectomia (cirurgia para retirada do coágulo de dentro da artéria) de carótida em alguns casos selecionados. A avaliação e o acompanhamento neurológicos regulares são componentes do tratamento preventivo bem como o controle da hipertensão, da diabete, a suspensão do tabagismo e o uso de determinadas drogas (anticoagulantes) que contribuem para a diminuição da incidência de acidentes vasculares cerebrais.

O acidente vascular cerebral em evolução constitui uma emergência, devendo ser tratado em ambiente hospitalar.

O uso de terapia antitrombótica é importante para evitar recorrências. Além disso, deve-se controlar outras complicações, principalmente em pacientes acamados (pneumonias, tromboembolismo, infecções, úlceras de pele) onde a fisioterapia previne e tem papel importante na recuperação funcional do paciente.

As medidas iniciais para o acidente vascular hemorrágico são semelhantes, devendo-se obter leito em uma unidade de terapia intensiva (UTI) para o rigoroso controle da pressão. Em alguns casos a cirurgia é mandatória com o objetivo de se tentar a retirada do coágulo e fazer o controle da pressão intracraniana.