O procedimento “Dosagem de Biomarcador de Lesão Articular” consiste no recolhimento de uma amostra de sangue do esportista. Feita a análise do material, é possível obter informação sobre a presença de um processo degenerativo articular precoce, podendo assim dar início um tratamento preventivo e prolongando a carreira do atleta. Em resumo, só com uma amostra de sangue é possível visualizar se o atleta está suscetível a alguma lesão bem antes dela acontecer, e tomar as medidas cabíveis de prevenção.
De acordo com o Dr. Pedro Baches Jorge, especialista em cirurgias do joelho e artroscopia pela Santa Casa de São Paulo, as lesões mais comuns são diagnosticadas no joelho e no quadril, independente do esporte. “Analisamos diversas modalidades, mas notamos que é no futebol de campo e de salão, basquete e handebol em que se percebe um maior índice de probabilidade do surgimento dessas lesões, ao menos na população que temos estudado”.
O médico acrescenta ainda que existem atletas que se aposentaram precocemente porque a lesão articular foi diagnosticada tardiamente. “Temos como exemplos inúmeros atletas que tiveram carreiras de sucesso abreviadas por desgaste articular precoce. Se a dosagem dos marcadores tivesse sido utilizada, tratamentos poderiam ser instituídos de forma intensiva, e suas atividades possivelmente prolongadas”.
A nova técnica já está sendo testada em vários atletas atendidos pelo Grupo do Trauma do Esporte da Santa Casa de São Paulo, incluindo jogadoras da seleção brasileira de futebol feminino e também de outras modalidades, como vôlei, natação e futsal, todos estes da equipe do município de São José dos Campos, e os resultados tem sido surpreendentes. Por esse trabalho o Grupo foi premiado em duas ocasiões em congressos científicos nacionais, o Congresso Brasileiro de Ortopedia (SBOT) e o Congresso Brasileiro de Trauma do Esporte (SBRATE).
De acordo com o fisioterapeuta responsável por acompanhar o tratamento dos atletas, Francisco Eduardo Ferreira de Sousa, a evolução física dos esportistas já é perceptível, pois houve diminuição na quantidade de lesões durante o ano de 2013. “Depois do início do tratamento, percebemos que os atletas se lesionaram menos durante a temporada, e os problemas por fadiga muscular e tendinite também diminuíram”, revelou.
O grupo do Trauma do Esporte exerce sua função no Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de São Paulo - Pavilhão Fernandinho Simonsen há quase uma década. Promove atendimento ambulatorial de atletas profissionais, além de cirurgias com o que há de mais moderno nos campos de atuação da ortopedia. Leva a atletas, inclusive de nível olímpico, todo o tipo de tratamento e acompanhamento necessário. É chefiado pelo Dr. Aires Duarte Jr., e possui médicos de renome no cenário acadêmico, como o Dr. Marcos Vaz de Lima, Dra. Ana Paula Simões, Dr. Pedro Baches Jorge, e demais colegas.
Fonte: brasilfashionnews.
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