Nos dias atuais, vivemos sempre sob situações de estresse — contas a pagar, sobrecarga de trabalho, tensões familiares, excesso de tecnologia e 24 horas de notícias que só trazem preocupações. Embora muitas pessoas já tenham aprendido a conviver com isso, este modo de vida pode ter sérios impactos negativos sobre nossa habilidade de pensar com clareza e tomar boas decisões, no curto prazo, e prejudicar nosso cérebro, no longo prazo.
Estudos recentes mostraram que o estresse crônico pode levar à depressão e aumentar o risco de declínio cognitivo, levando a falhas de memória e até ao Alzheimer. Por que? Sob estresse, o sistema límbico do cérebro – responsável pelas emoções, memória e aprendizado – aciona um alarme que ativa a resposta de “luta ou fuga”, aumentando a produção de adrenalina e cortisol, que trabalham juntos para acelerar o ritmo cardíaco, aumentar o metabolismo e a pressão sanguínea, melhorar a atenção, o sistema imune e resposta anti-inflamatória, e reduzir a sensibilidade à dor – ou seja, todas as coisas que estão em jogo para a sua sobrevivência. Quando há estresse demais, o corpo reage.
No entanto, se você está sob estresse o tempo todo, o corpo se esgota e não consegue mais responder. Produção constante e elevada de adrenalina e cortisol pode causar desequilíbrio de açúcar no sangue e problemas de pressão, desgaste ósseo, destruir tecidos musculares e afetar o sistema imunológico. Isto bloqueia a formação de novas conexões neuronais no hipocampo, a parte do cérebro responsável por codificar novas memórias. Quando estas novas conexões são bloqueadas, o hipocampo pode reduzir de tamanho, afetando a memória.
Pior… muito estresse pode também nos fazer esquecer como reduzir o estresse, porque ele reduz a flexibilidade mental necessária para encontrar soluções alternativas e nos deixa desmotivados e exaustos. Então, da próxima vez que você esquecer o nome de alguém em uma festa, não fique obcecado em tentar lembra-lo. Ao invés disso, brinque com seu DNA (afinal somos humanos, não é mesmo?). É mais provável que o nome em questão volte à sua mente quando menos você esperar.
Saiba como melhorar a memória, controlando o estresse!
Ao invés de simplesmente viver estressado, aprenda a dominar de forma eficaz os níveis de estresse e aumentar a resiliência emocional. Isso pode ajudá-lo não somente a ter um bom desempenho no dia a dia, mas também proteger o seu cérebro a longo prazo dos efeitos nocivos do estresse. Siga as dicas abaixo que você vai conseguir:
1. Faça algum exercício físico: estudos mostram que o exercício aeróbico ajuda a construir novos neurônios e conexões no cérebro que inibem os efeitos do estresse. Um estudo de 2012 descobriu que pessoas que não praticam ou praticam pouca atividade física apresentam maior nível de estresse do que aquelas que se exercitam mais. O exercício regular também favorece uma boa noite de sono, reduz a depressão e aumenta a autoconfiança através da produção de endorfinas, o “hormônio da autoestima”.
2. Relaxe: Mais fácil do que parece, não é? Mas relaxamento – através da meditação, tai chi, yoga, uma caminhada na praia ou qualquer outra coisa que te faça bem e acalme sua mente – pode diminuir a pressão arterial, desacelerar a respiração, regular o metabolismo e a tensão muscular. A meditação, em particular, é extremamente benéfica para o controle do estresse e aumento da resiliência mental. Estudos mostram que o contato com a natureza pode ter um efeito positivo na redução do estresse e na melhora das funções cognitivas. Então mova seu tapete de yoga para o quintal, ou troque a corrida na esteira por um passeio no parque. Seu cérebro vai agradecer por isso.
3. Socialize-se: Quando você está estressado, perde o interesse de se relacionar com as pessoas e acaba desperdiçando oportunidades de convívio. Mas fazer novos amigos e participar de ocasiões sociais são fundamentais tanto para a saúde física quanto para a saúde mental. Então, crie ambientes saudáveis, que favoreçam as relações pessoais, convidando amigos e familiares. Isso vai te ajudar a combater o estresse e exercitar todas as suas funções cerebrais.
4. Assuma o controle: Estudos mostram uma relação direta entre sentimentos de domínio psicológico e resiliência ao estresse. Sentir-se no controle das situações, pode amenizar seu estresse e preservar a saúde do seu cérebro.
5. Dê gargalhadas: Nós todos sabemos, por experiência própria, que uma boa risada pode fazer-nos sentir melhor, e isso é cada vez mais comprovado por estudos científicos. O riso pode diminuir os níveis de cortisol e adrenalina, ajudando no controle do estresse. Divertir-se com os amigos é uma forma de praticar dois bons hábitos de saúde do cérebro ao mesmo tempo. Só de pensar em algo engraçado pode ter um efeito positivo na redução do estresse e os danos que causa ao seu cérebro.
6. Pense positivo: Como você se sente diante de um problema quando sabe que não pode resolvê-lo. Em um estudo da Universidade de Harvard, alguns alunos foram convencidos de que o estresse que sentem antes de uma prova pode melhorar o desempenho em exames de admissão na pós-graduação. Eles tiraram notas mais altas em comparação aos alunos que não foram orientados da mesma forma. Isto significa que, basta mudar a maneira de olhar para certas situações, encarando desafios de forma positiva e aprendendo a viver com gratidão. Isso pode melhorar a sua capacidade de gerir o estresse e, consequentemente, aumentar a resiliência do cérebro.
O estresse tem um impacto muito negativo sobre a saúde mental, física e psicológica. Embora muitas vezes não possamos evitar situações de estresse, podemos aprender a lidar com elas e também com as consequências delas. Gerenciando o estresse e dominando nossas emoções com mudanças de hábitos e estilo de vida, ajuda a reduzir os danos ao cérebro decorrentes do estresse.
Fonte:http://metodosupera.com.br/
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