sábado, 22 de maio de 2010

PILATES: TÈCNICA UTILIZADA NO TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA


A International Continence Society (ICS) define a incontinência urinária(IU) como “uma condição na qual  a perda involuntária de urina é um problema social ou higiênico  e é objetivamente demonstrável”. 

As causas da IU são diversas, entretanto na maioria dos casos pode-se citar a idade avançada, a gravidez, o parto, a diminuição dos hormônios femininos na menopausa, o tratamento do Câncer de Próstata e as incapacidades físicas e mentais.

As alternativas de tratamento da IU abrangem o tratamento conservador e o tratamento cirúrgico. Ainda que os avanços na ciência  ofereçam  técnicas cada vez mais específicas na abordagem da IU, o tratamento não cirúrgico vem sendo cada mais indicado pelos profissionais da área.

Nesse aspecto, ao contrário do que se ouviu há algum tempo, o Método Pilates compreende uma das técnicas que podem ser utilizadas como alternativa no tratamento conservador. Mas de que forma o método Pilates pode ser útil no combate à IU?

Tendo em vista os principais objetivos do método:  ganho de força, flexibilidade, coordenação, resistência e equilíbrio geral  do corpo, acredita-se que através do Pilates a musculatura responsável pela contenção da urina, ou seja, períneo/assoalho pélvico possa ser estimulada e obter os ganhos acima mencionados. 


Músculos do assoalho pélvico

 
Entretanto faz-se necessário que os instrutores atentem com maior cuidado para essa questão ao elaborar as aulas de Pilates.



É muito importante que cada aluno de Pilates seja avaliado quanto ao grau de força do assoalho pélvico e o nível de consciência da ação dessa musculatura – que como qualquer outra, é capaz de contrair e relaxar. Sendo assim atividades envolvendo a contração e o relaxamento do períneo podem ser inseridos num programa de exercícios de Pilates.

Torna-se essencial também que os praticantes  de Pilates sejam continuamente monitorados quanto ao padrão respiratório correto durante a atividades. A conhecida “Manobra de Valsalva” (prender a respiração durante o exercício) deve ser reprovada, pois esse ato aumenta ainda mais a pressão intraabdominal e ocasiona maior sobrecarga ao assoalho pélvico, que se fadiga mais rápido e torna-se incapaz de manter-se contraído. O resultado disso é a perda involuntária de urina – evento totalmente constrangedor e indesejável.

Vale a pena lembrar que as causas primárias da IU devem ser investigadas e tratadas, o método Pilates é válido como uma das técnicas que podem ser utilizadas para a obtenção de força e resistência da musculatura da região do períneo.
Fonte: Lisiane Clemente - fisioterapeuta

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