Se você não faz parte do time de fãs das academias
de ginástica, mas frequenta alguma, mesmo a contragosto, para manter a forma –
ou se recusa a encarar aulas dos mais variados estilos e o uso de pesinhos -,
está na hora de experimentar o método de condicionamento físico e mental criado
pelo alemão Joseph Pilates.
Apesar da aparente suavidade dos movimentos, os exercícios de pilates
fazem com que o corpo não só se alongue e se fortifique de forma integrada e
individualizada, como também convida os praticantes a experimentar uma nova
maneira de se relacionar com o mundo.
Por privilegiar exercícios de baixo impacto e poucas repetições, a
técnica proporciona resultado eficaz com menor desgaste dos músculos e das
articulações. O praticante passa a utilizar sua energia sem desperdiçá-la
naquilo de que não precisa. Esse domínio, originado na mente, resulta em vigor
e bem-estar.
Ministrado com precisão cirúrgica, o método se molda a pessoas de todas
as faixas etárias, inclusive as que sofrem de dores crônicas ou de problemas
ósseos e musculares. Nesse caso, o trabalho é conduzido por um fisioterapeuta.
Uma vez curada a lesão, o professor de educação física, devidamente
certificado, assume o comando. A essência da mensagem de Pilates é:
independentemente da situação em que esteja,
você pode e deve se mexer.
Grande parte da beleza dessa corrente, que a cada dia conquista mais
adeptos, reside no fato de que o aprendizado extrapola as paredes do estúdio. O
aluno não demora a perceber que está diante não apenas de um conjunto de
movimentos, mas de uma filosofia de vida calcada na crença de que somos
responsáveis por nossa saúde física e mental. Quando nos apoderamos da
habilidade inata de controlar nosso corpo, evoluímos também no campo emocional.
É libertador e estimulante descobrir que somos capazes de assegurar o próprio
bem-estar.
Ganha-se, portanto, um jato de autoestima. E mais. O pilates incita a
força de vontade, o desejo, o impulso de realizar coisas e a convicção de que
você pode alcançar seus objetivos. Não se trata de mágica. Esse, digamos,
efeito colateral comportamental é apenas reflexo da cumplicidade entre mente,
corpo e emoções. O controle da respiração ajuda a aplacar a ansiedade. Assim, a
atividade é uma ferramenta de estabilidade emocional e de
autoconhecimento. Além disso, a modalidade também serve de escudo contra o
estresse e a fadiga.
Os 6 princípios do Método Pilates:
As diretrizes abaixo devem nortear cada movimento
numa aula de pilates…
Concentração: a fim de trabalhar o físico, é necessário
estar presente com a mente – é ela que comanda a ação. Por isso, é fundamental
prestar atenção nos movimentos executados e observar como os músculos
respondem.
Controle: o domínio muscular preconizado pelo método consiste na ausência de
movimentos descuidados, automáticos ou casuais. Nenhum exercício no pilates é
feito simplesmente por fazer. Cada movimento tem uma função.
Centro de força: temos um grande grupo de músculos no centro –
abdômen, lombar, quadris e glúteos. Pilates chamou esse conjunto de “casa de
força”. Toda a energia necessária à realização dos exercícios se inicia nela e
flui para as extremidades.
Fluidez: no método Pilates não existem movimentos estáticos, isolados, porque o
corpo não funciona naturalmente dessa maneira. Pelo contrário, eles são
fluidos, como um longo passo ou uma valsa.
Precisão: a concentração em fazer um movimento preciso e perfeito em vez de muitos
sem vontade é condição essencial do pilates. Deixar de fora qualquer detalhe é
abandonar o valor intrínseco do exercício.
Respiração: a respiração completa renova a circulação do ar, oxigena o sangue
e ainda ajuda no controle dos movimentos durante os exercícios, assim como no
dia a dia.
Fonte: fisiomovimento
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