A hidroterapia é a modalidade da fisioterapia realizada em ambientes aquáticos. Exercícios na água podem ser úteis para a melhora da função, condicionamento físico, equilibrio, coordenação motora, flexibilidade e aumento da força muscular. Grande parte dos pacientes gostam de se exercitarem nesse ambiente, porque a água proporciona uma sensação de menor peso corporal, diminui o estresse sobre as articulações e com isso torna-se mais fácil a locomoção por menor dolorimento.
Atletas podem correr na água como uma forma de realizar o treino regenerativo. Durante a reabilitação os Pacientes também podem realizar exercícios aquaticos com objetivo de diminuir o estresse sobre as articulações e os ossos, podendo ser indicado principalmente para os casos de osteoporose, osteopenia, edema ósseo, após cirurgia, dores articulares, lombalgia e em alguns casos de fratura com tratamento não cirúrgico.
Um grandioso estudo realizado no Brasil e publicado em maio de 2012, demostrou novas pistas da habilidade da água em diminuir a carga sustentada em corredores, com base na profundidade em que a pessoa se encontra.
Nesse estudo foram recrutados 22 voluntários (11 homens e 11 mulheres), os pesquisadores analizaram as forças no corpo durante o movimento de corrida estacionária. Essas medições foram realizadas durante na corrida na terra, na piscina com a água na altura do quadril, e com a água na altura do peito. Também foi solicitado para correr em três velocidades diferentes.
Como previsto, os resultados demonstraram diminuição da sobrecarga com a corrida na água quando comparado a corrida na terra. Mais precisamente, correr em ambiente aquático com a água na altura do quadril diminuem as forças por cerca de 40% e correr com a água na altura do peito diminue entorno de de 50% das forças quando comparado com a corrida na terra. Outros resultados demonstraram que forças não foram alteradas com a velocidade aumentada na água e a habilidade de diminuição das foças foram semelhantes em homens e mulheres.
Comparando a corrida na terra, a corrida na água ao nível do
quadril diminuem as forças aplicadas
ao corpo por quase 40% (entre 34% a 38%).
Correndo na água ao nível do peito as forças diminuem cerca de
50% (entre 44% a 47%).
Com isso é possivel afirmarmos que a corrida estacionária na água diminue o estresse sobre as articulações e os ossos. Pacientes com restrição de carga, pessoas com temor de quedas e com sobrepeso corporal podem utilizar essa grandiosa estratégia. Essa abordagem também poder ser utilizada em atletas em treino regenerativo ou após a lesão, como uma forma de manter o condicionamento físico. Contudo, é importante ter atenção e prescrever de forma segura e controlada para que não haja o retardo no processo de cicatrização ou aumento da dor.
Esses resultados podem ajudar seu fisioterapeuta a personalizar um programa de exercícios adequado para você. Para maiores informações sobre exercícios aquáticos, procure um fisioterapeuta especializado em distúrbios osteomusculares.
Fonte: JOSPT (Fontana et al, 2012).
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