©iStockphoto.com/Jennifer Mathews
Há mais de 70 anos tem vigorado entre os cientistas a idéia de que pessoas magras são mais saudáveis e, portanto, vivem mais. No entanto, pesquisas recentes demonstram que esse conceito não se aplica a todos ─ ou melhor, a todos os camundongos. Um estudo publicado em janeiro, na edição online do The Journal of Nutrition, revelou que a redução do consumo de calorias parece prolongar somente a vida de camundongos obesos com metabolismo lento.
Rajindar Sohal, farmacologista da University of Southern California, em Los Angeles, e responsável pelo estudo e seus colegas descobriram que “o aumento da longevidade por meio da redução alimentar só ocorre se houver um desequilíbrio energético causado por metabolismo lento”.
Os cientistas sabem que uma redução em média, de 30 a 40%, no consumo de calorias aumenta a longevidade de animais, de roedores a macacos. Mas, segundo Sohal, esse fenômeno não é generalizado. Algumas espécies de camundongos, por exemplo, vivem 25% a 30% mais quando sua ingestão calórica é reduzida em 40%, enquanto outras espécies não mostram efeito benéfico com a diminuição de calorias.
Suspeitando que o metabolismo ─ a velocidade com que as calorias são queimadas ─ poderia explicar essa discrepância, as taxas metabólicas de duas linhagens de camundongos foram comparadas: a C57BL/6, conhecida por responder aos efeitos longevos de dieta, e a DBA/2, cujo ciclo de vida não é afetado pela dieta. Descobriu-se que os camundongos C57BL/6 tinham metabolismo muito mais lento que os DBA/2, não importando a quantidade de alimento consumido. Os C57BL/6 também eram, em média, mais pesados.
Esses resultados sugerem que o efeito de uma dieta rigorosa não produz os mesmos resultados em todos os animais, e consequentemente em todas as pessoas. Impor uma dieta a camundongos com metabolismo acelerado (que provavelmente já são magros) não prolongará a vida deles, mas pode ajudar camundongos obesos que apresentam metabolismo lento.
Sohal acredita que os humanos responderão da mesma forma, mas ressalta que esses estudos não podem ser realizados em pessoas. “Não se pode submeter seres humanos ─ objeto de estudo ─ a restrições calóricas por toda a sua vida,” argumenta, “mas não há porque não acreditar que o princípio funcione para seres humanos também”. “O próximo passo será investigar a razão das diferentes taxas metabólicas, ou seja, determinar que genes específicos controlam esse mecanismo.”
por Coco Ballantyne
Rajindar Sohal, farmacologista da University of Southern California, em Los Angeles, e responsável pelo estudo e seus colegas descobriram que “o aumento da longevidade por meio da redução alimentar só ocorre se houver um desequilíbrio energético causado por metabolismo lento”.
Os cientistas sabem que uma redução em média, de 30 a 40%, no consumo de calorias aumenta a longevidade de animais, de roedores a macacos. Mas, segundo Sohal, esse fenômeno não é generalizado. Algumas espécies de camundongos, por exemplo, vivem 25% a 30% mais quando sua ingestão calórica é reduzida em 40%, enquanto outras espécies não mostram efeito benéfico com a diminuição de calorias.
Suspeitando que o metabolismo ─ a velocidade com que as calorias são queimadas ─ poderia explicar essa discrepância, as taxas metabólicas de duas linhagens de camundongos foram comparadas: a C57BL/6, conhecida por responder aos efeitos longevos de dieta, e a DBA/2, cujo ciclo de vida não é afetado pela dieta. Descobriu-se que os camundongos C57BL/6 tinham metabolismo muito mais lento que os DBA/2, não importando a quantidade de alimento consumido. Os C57BL/6 também eram, em média, mais pesados.
Esses resultados sugerem que o efeito de uma dieta rigorosa não produz os mesmos resultados em todos os animais, e consequentemente em todas as pessoas. Impor uma dieta a camundongos com metabolismo acelerado (que provavelmente já são magros) não prolongará a vida deles, mas pode ajudar camundongos obesos que apresentam metabolismo lento.
Sohal acredita que os humanos responderão da mesma forma, mas ressalta que esses estudos não podem ser realizados em pessoas. “Não se pode submeter seres humanos ─ objeto de estudo ─ a restrições calóricas por toda a sua vida,” argumenta, “mas não há porque não acreditar que o princípio funcione para seres humanos também”. “O próximo passo será investigar a razão das diferentes taxas metabólicas, ou seja, determinar que genes específicos controlam esse mecanismo.”
por Coco Ballantyne
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