quarta-feira, 7 de novembro de 2012

FIBROMIALGIA E HIDROTERAPIA



A HIDROTERAPIA EM PACIENTES COM FIBROMIALGIA

Os portadores de tal síndrome normalmente apresentam dificuldade em relacionar a localização da dor, se é muscular, articular ou nos ossos. Por vezes, essas reclamações são consideradas como distúrbios emocionais por alguns profissionais por dois motivos: desconhecimento da doença e pela doença até o presente momento não obter nenhum exame laboratorial que indicaria tal patologia e justificaria tais sintomas. (CHIARELLO, 2005)


A fibromialgia é uma doença que afeta hoje cerca de 5% da população mundial, acometendo principalmente mulheres sedentárias, acima de 40 anos e pessoas de cor clara, caracterizando-se por dores agudas e crônicas, fadiga, distúrbios do sono, entre outros sintomas. O termo fibromialgia vem do latim fibro(tecido fibroso, ligamentos, tendões), do grego mia (tecido muscular), algos (dor) e ia(condição), ou seja, condição de dor proveniente de músculos, tendões e ligamentos.




Segundo Bates & Hanson (1998), pacientes com fibromialgia tem um nível de condição aeróbia ou cardiovascular menor que a média e seus músculos não utilizam o oxigênio muito bem. Como resultado, eles tendem a ficar mal-condicionados muito facilmente, o que diminui sua eficiência cardiovascular e circulação periférica. Em muitos casos, a fibromialgia leva a uma redução na atividade habitual, que se sustentada, causa um ciclo de descondicionamento.


Gonderberg (2005) explica que de fato, exercícios físicos podem trazer benefícios fantásticos, comprovados nas últimas três décadas, mas também oferecem riscos, se não forem muito bem orientados. Todos os pacientes devem ser submetidos a um programa de recondicionamento físico, pois este oferece muitos benefícios como o aumento do limiar de dor, melhora da flexibilidade e força, aumenta a serotonina cerebral, melhora a qualidade de sono, o humor e a auto-estima, auxilia no controle do peso, diminui a sensação de fadiga e melhora a condição cardiovascular (FELDMAN,1998).



Para Routi et al. (2000), o tratamento de hidroterapia é dirigido para um condicionamento geral, aliviando a dor, melhorando os padrões de sono através do esforço físico e relaxamento muscular, prevenindo e corrigindo contraturas secundárias a dor. O calor e a flutuabilidade da água aliviam o estresse nas articulações, principalmente naquelas envolvidas na sustentação de peso, proporcionando a realização do exercício sem dor.


A realização do exercício em grupo, com a presença de outros pacientes pode ajudar na disciplina para o exercício aquático regular e a manutenção á longo prazo, já que os sintomas da doença exigem este compromisso com o tratamento em um longo período de tempo (CAMPION, 2000).


Bates & Hanson (1998) explicam que exercícios em piscina aquecida são, talvez, as atividades mais benéficas para fibromiálgicos, pois há uma falta de força concêntrica e os movimentos são mais lentos por serem executados na água, reduzindo as chances de microtraumas.



O objetivo do programa de exercícios aquáticos terapêuticos para fibromialgia é ajudar a aumentar a tolerância do indivíduo ao exercício e o nível de resistência, ganhando desta forma melhoria geral no nível de condicionamento. À medida que o nível de condicionamento melhora a intensidade dos sintomas, como; dor após o esforço, rigidez e fraqueza muscular diminuem.

Fonte: RAFAELE MARIANE SANTOS















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