quarta-feira, 3 de outubro de 2012

FRATURAS DO FÊMUR, MUITA ATENÇÃO






As causas mais comuns de fraturas de quadril na população jovem são os acidentes automobilísticos e as quedas de grandes alturas. Já na população idosa, as quedas domiciliares são as grandes vilãs, sendo este público mais vulnerável a esse tipo de fratura.

As fraturas de quadril constituem lesões traumáticas peculiares à idade avançada, representando, em média, 50% das internações ortopédicas por trauma nos hospitais de pronto-socorro, na população idosa. Estima-se que cerca de 80% desses casos ocorrem em idosos capazes de andar sozinhos e vivendo em comunidade.



Todo tipo de complicação referente às quedas deve ter uma atenção especial da equipe médica. Esse tipo de fratura pode levar o paciente a sérios problemas de saúde dos quais se destacam a trombose e a infecção, podendo causar a morte se não for tratada.

 Os casos de fraturas e traumas não estão apenas ligados a quedas domiciliares ou a acidentes, mas também à prática de exercícios físicos diários. Aquela pessoa que há muitos anos não exerce nenhuma atividade física e que, de repente resolveu se exercitar, deve ser mais cuidadosa, pois isso pode contribuir para alguma fratura no quadril. Nesses casos, o treino e a volta aos exercícios físicos devem ser graduais, com acompanhamento, sem tentar recuperar em duas semanas o que não era feito há anos.


As fraturas do colo do fêmur são um constante desafio para a ortopedia, mesmo com as melhorias na técnica e nos implantes disponíveis. Para favorecer a consolidação das fraturas, é fundamental entender sua classificação quanto ao deslocamento, local e tipo de traço, assim como o conhecimento dos princípios da redução adequada e da estabilização efetiva.





As fraturas do fêmur proximal podem ser divididas anatomicamente em:

- fraturas da cabeça do fêmur
- fraturas do colo (subdivididas em intra e extra capsulares)
- fraturas da região trocantérica
- fraturas da região subtrocanteriana
Estas fraturas podem ocorrer em idosos por traumas banais ou até espontaneamente devido à osteoporose avançada; ou em jovens, decorrentes de traumas de alta energia, como acidentes automobilísticos, quedas de altura, etc.


As fraturas do colo do fêmur podem ser classificadas, quanto à estrutura, em impactadas, não-deslocadas e deslocadas e, quanto à causa, em traumáticas, por sobrecarga e patológicas. Os mecanismos da fratura do colo do fêmur ocorrem por trauma direto sobre o tecido trabecular, forças transmitidas ao longo do eixo do fêmur e movimentos em rotação externa e abdução das fraturas impactadas. 

A maioria dos casos de fraturas de quadril evolui para um tratamento cirúrgico e a recuperação do paciente é variável. Quando há necessidade de algum tipo de apoio, a recuperação pode demorar até três meses. Por isso é importante procurar atendimento rápido nessas situações.

Parte da cabeça do fêmur é metafisária, e o suprimento sanguíneo vem dos vasos retinaculares. O cirurgião, durante as manobras de redução e fixação da fratura, não deve acrescentar aos vasos mais agressão além da causada pela fratura. Substituições protéticas como as artroplastias são indicadas para tipos específicos de pacientes, devendo ser estudadas os diferentes tipos de implicações e de possíveis complicações. 

E as fraturas trocanterianas em geral são extracapsulares, e sempre se consolidam. Isto poderia fazer supor que o tratamento não-cirúrgico seria o ideal, não fosse a alta incidência de complicações clínicas, pela imobilidade no leito, e funcionais, pelas alterações anatômicas do fêmur proximal. As luxações do quadril são lesões de alto impacto frequentemente associadas à politraumatismos com lesões de órgãos pélvico-abdominais. São emergenciais, devendo ser reduzidas rapidamente.
Fonte:Faça Fisioterapia


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