quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

PILATES NA CONDROMALÁCIA






Condromalácia patelar consiste em uma patologia degenerativa da cartilagem patelar e dos côndilos femorais correspondentes. 

Trata-se de uma espécie de amolecimento desta cartilagem pelo atrito incorreto contra os côndilos do fêmur. Ocorre um desconforto e dor ao redor ou atrás da patela. Já o termo mais genérico, síndrome da dor patelo-femural, se refere aos estágios iniciais dessa condição, na qual os sintomas ainda podem ser completamente revertidos.

A dor (algumas vezes ardência) é descrita como profunda e localizada na região retropatelar.O sintoma mais comum é a dor atrás da patela, especialmente nas subidas ou durante longos percursos com pedaladas lentas. Pode ser sentida, por exemplo, ao subir e descer escadas, em atividades prolongadas, após ficar muito tempo com os joelhos flexionados e ao agachar-se. Ainda, é possível que ocorra crepitação e estalos, muitas vezes audíveis, além de edema e derrame intra-articular, ocasionados pelo acúmulo excessivo de líquido sinovial formado no processo inflamatório.

Algumas pessoas têm predisposição a apresentar a lesão devido ao desalinhamento da patela, ao invés da patela percorrer o “trilho” formado pelos côndilos do fêmur na flexão e extensão, ela tende a deslocar-se para as laterais, aumentando o atrito entre os dois ossos. A posição da patela de forma mais alta que o normal também são fatores predisponentes. As mulheres costumam ser mais susceptíveis a tal lesão pois, em geral, possuem o quadril mais largo. Ocorre prioritariamente em atividades como balé, corridas, ciclismo, voleibol, etc.








CAUSAS
Acredita-se que a causa seja relacionada a fatores anatômicos, histológicos e fisiológicos que podem resultar em um enfraquecimento e amolecimento da cartilagem envolvida. Assim como as alterações de alinhamento da patela, que excursiona fora do local adequado, ocasionando atrito entre sua superfície articular e a superfície articular do fêmur, desse modo provocando “desgaste”. Tais alterações de alinhamento muitas vezes estão relacionadas à desequilíbrios da musculatura do quadríceps como atrofias, hipotrofias e encurtamentos musculares; variações anatômicas tanto do fêmur como da patela.


Um fator muito comum são os relacionados aos microtraumatismos de repetição, traumas crônicos por fricção entre a patela e o sulco patelar do fêmur, bastante comuns em esportes de impacto (futebol, vôlei, ciclismo, tênis, corrida, basquete, …) por força excessiva na região ou choques. 


Deve ainda ser citada a chamada causa idiopática, quando não são identificadas alterações anatômicas que justifiquem o desenvolvimento da doença. As alterações do ângulo Q do joelho – tendão do quadríceps femoral, ligamento patelar – conduz a um desvio patelar lateral pelo resultante dos vetores de força da espinha ilíaca ântero-superior e do terço superior da tíbia. Uma diminuição desse ângulo resultará em um desvio medial patelar, além de intensificar a compressão patelo-femoral. 


O Entorse de tornozelo por inversão também pode estar relacionado. 


Devido aos movimentos de flexâo-plantar, supinaçâo e adução se dá uma anteriorização do tálus e da tíbia, resultando em uma anteriorização da fíbula e então em uma tensão do bíceps femoral. Assim, ocorre um estiramento reflexo no músculo quadríceps femoral, aumentando o atrito fêmur-patelar.





CLASSIFICAÇÃO
A condromalácia patelar pode ser classificada de acordo com o grau de deterioração, segundo Outerbridge (1961):
GRAU I : amolecimento da cartilagem e edemas
GRAU II
: fragmentação e fissura da cartilagem em uma área menor ou igual à proximadamente 1,5 cm



Condromalácia patelar grau II 
em corredor de 38 anos, 
com dor anterior no joelho há 10 anos


GRAU III: fragmentação e fissura da cartilagem em uma área maior ou igual à aproximadamente 1,5 cm
GRAU IV
: erosão ou perda da cartilagem articular com exposição do osso subcondral


TRATAMENTO
Não há um protocolo rígido de tratamento. É importante analisar o grau da lesão adquirida e se direcionar às causas, sempre tentando reequilibrar o alinhamento da patela, inicialmente através de tratamento fisioterápico, podendo associar a métodos analgésicos e antiinflamatórios. 
A perda de peso, em determinados casos, pode ser recomendada para diminuir o estresse sobre a articulação patelofemural. Em casos graves muitas vezes é necessário tratamento cirúrgico, em que procedimentos combinados para tratamento do alinhamento patelar e tratamento da lesão da cartilagem podem ser realizados por via 
“aberta”, artroscópica (vídeo) ou mesmo combinada.


PILATES NA CONDROMALÁCIA 



O Pilates age de forma fantástica no alinhamento patelar, bem como na estabilização do quadro da condromalácia. Já que um dos grandes alicerces do método é o fortalecimento e estabilização dos músculos centrais do corpo aliada às técnicas que potencializam a respiração e seus benefícios, atingindo assim, o objetivo do aluno através do equilíbrio muscular. 

Para tal, é preciso avaliar o nivel de força e flexibilidade dos grupos musculares do indivíduo, para que se dê início à prescrição do programa de exercícios. 

No caso da condromalácia patelar são inclusos exercícios de potência, força, alongamento e mobilização do membro inferior, sempre com o cuidado de evitar sobrecarga na articulação em questão. 

No geral, é importante o alongamento dos ísquiotibiais, o qual seu encurtamento implica em um agravamento no atrito da patela com o fêmur, no momento da marcha. 

Uma atenção especial ao quadríceps, sobretudo o vasto medial e banda iliotibial, tendões e panturrilha também são extremamente necessárias para equilibrar as forças atuantes sobre a patela.
Fonte:.flexuspilates



VEJA TAMBÉM MATÉRIA PUBLICADA EM
3 OUT 2010
LESÕES MAIS COMUNS NA CORRIDA DE RUA

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

EXERCÍCIOS PARA EQUILÍBRIO - Exercícios vestibulares de Cawthorne e Cooksey

 Exercícios de Cawthorne e Cooksey

O sistema vestibular requer movimento para a recuperação das lesões. 

Essa premissa deve ser primária ao educar pacientes sobre o retorno à atividade cotidiana, tanto na forma de diretriz geral para a sua recuperação, como no exercício independente em casa.

O sistema vestibular não irá melhorar sem estimulação. O desafio dos médicos e do fisioterapeuta que trabalha com pacientes internados ou ambulatoriais é determinar a quantidade de esforço que o paciente pode tolerar, criando uma forma efetiva de estimulação vestibular sem causar efeitos prejudiciais.


verti


A reabilitação vestibular (RV) procura restabelecer o equilíbrio por meio de estimulação e aceleração dos mecanismos naturais de compensação, induzindo o paciente a realizar o mais perfeitamente possível os movimentos que estava acostumado a fazer antes de surgir a tontura. 

Este termo significa um trabalho não apenas com o sistema vestibular, mas com inúmeras estruturas que fazem parte do nosso sistema de equilíbrio. É uma opção de tratamento para pacientes portadores de distúrbios vestibulares que envolvem estimulações visuais, proprioceptivas e vestibulares.

O uso de exercícios para o tratamento de indivíduos com doenças vestibulares começou na década de 1940 quando Cawthorne (Otorrinolaringologista) e Cooksey (Fisioterapeuta) introduziram exercícios físicos no tratamento de pacientes com doença de Ménière que haviam sido operados, tendo observado uma aceleração na recuperação destes pacientes.

Exercícios vestibulares de Cawthorne e Cooksey implementam subsídios para que novos rearranjos das informações sensoriais periféricas aconteçam, permitindo-se que novos padrões de estimulação vestibular necessários em novas experiências, passem a serem a ser realizados de forma automática. 


Os exercícios vestibulares de Cawthorne e Cooksey  promovem melhoras nas reações de equilíbrio com conseqüente diminuição na possibilidade de quedas.



Estes exercícios caracterizam-se por um programa de reabilitação vestibular e envolvem movimentos de cabeça, pescoço e olhos; exercícios de controle postural em várias posições (sentado, em apoio bipodal e unipodal, andando); 






uso de superfície de suporte macio para diminuição do input proprioceptivo; exercícios com olhos fechados para abolição da visão.

Um fator importante da reabilitação vestibular de Cawthorne e Cookey é a oferta de um programa domiciliar no controle e monitorização diária da vertigem crônica produzindo efeito positivo na mudança de hábitos do paciente e na relação da equipe médica, cliente e familiares.

A reabilitação vestibular é a melhor opção terapêutica nos pacientes portadores de vestibulopatias, porque além de melhorar sobremaneira o equilíbrio do doente, tem ainda a função profilática, ajudando-o a restabelecer a confiança em si mesmo, reduzindo a ansiedade e melhorando o convívio social.

No entanto, embora bem conduzida, algumas vezes a reabilitação vestibular não surte os efeitos desejados e inicialmente propostos podendo falhar. Em outros casos os pacientes apresentam limitações de deambulação e, os exercícios de marcha não podem ser realizados, comprometendo o resultado do tratamento.




Uma das principais diretrizes que o médico deve respeitar na indicação da RV é tratar a etiologia desencadeante da vestibulopatia. Para haver resposta adequada, é preciso que o processo seja estável, ou seja, não aconteça em surtos ou crises. Portanto, mesmo nos casos onde a melhora dos sintomas não foi evidente, a reabilitação vestibular funcionou como ferramenta auxiliar.
Fonte: revista brasileira de otorrinolaringologia






VEJA TAMBÉM MATÉRIA PUBLICADA NESTE BLOG 
EM 11 SET 2010
TRATAMENTO PARA LABIRINTITE

 

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

É POSSÍVEL PRATICAR PILATES NA GRAVIDEZ?



Muitas mulheres acreditam que o Pilates seja um dos melhores exercícios para se fazer durante e depois da gravidez. E elas estão corretas.


Uma das principais razões que torna o Pilates tão bom para as gestantes, é porque ele é uma atividade física de baixo impacto e ótimo para auxiliar no fortalecimento dos músculos centrais do corpo. 




"Se o abdômen, as costas e o assoalho pélvico 
estão tonificados, 
eles suportarão com mais conforto e resistência 
o período de gestação e a hora do parto."



A capacidade de adaptação dos exercícios também é um fator importante que torna o Pilates a atividade física predileta das grávidas. A maioria deles pode ser modificada de acordo com cada fase da gravidez para permitir exercícios mais suaves ou focados em determinada área do corpo.


Além disso, o Pilates também é famoso
por ajudar as novas mamães 
a recuperar a forma física 
que tinham antes da gravidez.


É sempre importante relembrar que, antes de iniciar qualquer atividade física, a mãe procure por orientação médica. Se ela nunca fez Pilates antes, é interessante que procure por uma turma de Pilates no Pré-Natal, ou então um instrutor que possa lhe dar total atenção durante a prática dos exercícios.


Pilates não aumenta a pressão sobre as articulações ou sobre as costas. Na verdade, as costas serão fortificadas, assim como o estômago e os músculos ao redor da região pélvica – o que permite uma mais fácil gestação, ao parto e recuperação.


Confira como os exercícios de Pilates pode ajudar em cada fase da gestação:
Pilates no primeiro trimestre de gravidez
Nos primeiros três meses de gestação, as mudanças nos hormônios podem fazer com que a mulher se sinta exausta e com náuseas. Contudo, exercícios leves podem ser feitos e, muitas vezes, podem realmente energizar o corpo e fazer com ela se sinta melhor fisica e mentalmente.


Pilates no segundo trimestre de gravidez
O segundo trimestre é, para a maioria das mulheres, a parte mais fácil da gravidez. Embora o corpo esteja mudando e se expandindo, os níveis de energia são geralmente elevados, e é aí que os exercícios devem ser maximizados, para proporcionar todas as vantagens do treinamento para os meses seguintes.


Pilates no terceiro trimestre de gravidez
No terceiro trimestre, as mulheres tendem a se sentir pesadas e com a constante sensação de desconforto. Os hormônios começam a se projetar para afrouxar as articulações do quadril podendo causar dores nas costas. O peso adicional do bebê pode modificar a noção de equilíbrio, as pernas podem ficar inchadas e varizes podem se desenvolver. O Pilates ajuda a todas estas condições associadas à gravidez, reforçando os músculos centrais que, por sua vez, levam à melhora da postura e da circulação.


Trabalho de Parto
A melhora no tônus muscular e na circulação, obtida através da prática do Pilates também será de valor durante o trabalho de parto. Uma circulação melhorada permite uma maior oferta de oxigênio para o útero e torna o parto menos sofrido para o bebê. E, claro, as técnicas de respiração utilizadas no Pilates podem ajudar com o controle da respiração durante o parto.
Fonte:  http://www.pilates.co.uk/


VEJA TAMBÉM MATÉRIA PUBLICADA NESTE BLOG
EM 28 FEV 2010
CUIDADOS NA GRAVIDEZ COM O PILATES











.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

FRASES DE JOSEPH PILATES nº 22

"Eu aprendi... Cada parte do corpo. 
Gostaria de mover cada parte, como eu memorizei."




"Quando criança, eu deitava na floresta durante horas, escondido e observando o movimento dos animais, como a mãe ensina os jovens." 
                                                                                                                                             JosephPilates

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

PILATES DÁ MAIOR DISPOSIÇÃO PARA O SEXO.


Por trabalhar especialmente os músculos da região pélvica (quadril) e oferecer um condicionamento respiratório bastante intenso, os exercícios do Pilates tendem a deixar os praticantes com mais disposição para o sexo.

Além disso, com a liberação da serotonina (substância liberada ao praticar atividade física que está aliada ao humor e ao prazer) há uma diminuição de estresse. A substância propicia uma sensação de bem-estar que certamente contribui para deixar a pessoa mais sensível aos estímulos sexuais.

Diversos fatores contribuem para um bom desempenho sexual: o desenvolvimento da capacidade pulmonar, uma vez que os exercícios são realizados com a respiração correta e suave; maior capacidade de concentração; aumento da resistência, da força e da flexibilidade corporal; e redução de dores, como as das costas, por exemplo.

Quando se trata de benefícios físicos, a força que o método proporciona aos músculos da região abdominal e da pelve, muito usados durante o sexo, ajuda na sustentação e na durabilidade da relação. A flexibilidade da parte de trás das costas e pernas, que proporciona maior mobilidade das articulações (postura correta e quadris mais soltos) também ocasiona uma melhor movimentação durante o ato sexual.


Homens x Mulheres
Segundo a fisioterapeuta Berta Breslauer, o pilates é aplicado de maneira igual tanto para homens quanto para mulheres, o que muda é o foco de atenção aplicado para cada gênero. 

Na mulher, trabalha-se o fortalecimento do abdomem, assoalho pélvico e adutores. 
Já no homem, é priorizado o fortalecimento de menbros superiores e abdominais, que são os grupos musculares mais requisitados durante o ato sexual. “Sem esquecer, é claro, da melhoria do estresse e do condicionamento cardiorespiratório, pois, segundo as pesquisas, são os fatores que mais interferem no mal condicionamento sexual masculino”, conta Berta.

Algumas mulheres sofrem o relaxamento da musculatura pélvica após a gravidez ou no período da menopausa, o que pode reduzir o prazer na hora da relação. Esse problema, que pode ocorer devido as alterações hormonais e ao próprio parto, deve ser contornado com exercícios focados no fortalecimento pélvico. O resultado é maior conforto e prazer durante o ato.

Já o fortalecimento do períneo (músculo responsável por controlar a urina) e dos músculos adutores (da parte interna da coxa) são fundamentais para uma boa performance sexual. Os movimentos de abrir e fechar a perna e o de empurrar e encaixar o quadril feitos no pilates trabalham o períneo e os adutores, os mesmos usados nas posições sexuais.

O problema da disfunção erétil, muito temida pelo homens, também pode ser trabalhada. Uma vez que a causa desse problema é a diminuição da circulação sanguínea no interior dos corpos cavernosos do pênis no momento da excitação sexual (seja por fatores psicológicos ou físicos), qualquer atividade física que proporcione aumento da oxigenação do sangue é benéfica. “O pilates requer uma respiração profunda que, aliada à concentração, oxigena o sangue e os músculos mais rapidamente, propiciando melhor desempenho sexual”, explica Berta.

“São inúmeros os benefícios da técnica tanto para homens quanto para mulheres, mas acima de tudo, não podemos esquecer que, com a aplicação  dos princípios da prática, adquire-se algo fundamental: o bem estar físico e mental, que, com certeza, leva a melhorar qualquer performance sexual”, ressalta a fisioterapeuta.
Autor: Maria Luiza Mattos

VEJA TAMBÉM MATÉRIA PUBLICADA NESTE BLOG
EM 30 JAN 2010
PILATES MELHORA O SEXO

VN:F [1.9.3_1094]

O QUE FAZER QUANDO SE TORCE O TORNOZELO?

O entorse do tornozelo é uma lesão dos ligamentos  do tornozelo(o tecido elástico e resistente que conecta os ossos entre si) . 
Qualquer ligamento do tornozelo pode ser lesionado. Geralmente, os entorses ocorrem quando o tornozelo roda para fora, fazendo que a planta do pé fique voltada para o outro pé (inversão).


O que provoca? 
Os ligamentos frouxos no tornozelo, os músculos fracos, as lesões dos nervos da perna, certos tipos de calçado (como os sapatos de salto alto e estreito) e certas maneiras de caminhar, tendem a provocar a rotação do pé para dentro ou fora. As lesões do tornozelo são causadas por uma súbita aplicação de força que exceda a resistência dos ligamentos, rodando o pé em inversão ou eversão.

Como prevenir? 

As pessoas cujos tornozelos torcem com facilidade podem evitar as lesões subseqüentes utilizando aparelhos ortopédicos, meias elásticas para os tornozelos e colocando dispositivos no calçado para estabilizar o pé e o tornozelo. 
Além disso, fisioterapia para restabelecer o movimento, fortalecer os músculos que agem no tornozelo e melhorar o equilíbrio através de exercícios de propriocepção, treinos em terrenos irregulares (com supervisão de um profissional da área )


 


Sintomas
A gravidade do entorse depende do grau de distensão ou de laceração ligamentar. Em um entorse leve (de 1º grau), os ligamentos são distendidos, mas não chegam a sofrer laceração. O tornozelo comumente não dói ou incha muito, mas um entorse leve aumenta o risco de lesões de repetição.

Em um entorse moderado (de 2º grau), o ligamento sofre uma laceração parcial. O inchaço e a equimose evidentes são comuns e a marcha geralmente é dolorosa e difícil. 


Em um entorse grave (de 3º grau), o ligamento sofre uma ruptura completa, causando inchaço e,  sangramento sob a pele. Como conseqüência, o tornozelo torna-se instável e incapaz de sustentar o peso.

Qual o prazo de recuperação? 
Depende da gravidade da entorse. Os ligamentos têm a vascularização regular e cicatrizam lentamente. O reparo é feito por tecido fibroso e colágeno. 

O prazo é:






  • Grau I – uma a duas semanas de crioterapia (gelo), mais compressão, elevação, mais fortalecimento muscular e propriocepção (fisioterapia).












  • Grau II - imobilização de três a quatro semanas. Após faz-se: crioterapia, mais fortalecimento muscular e propriocepção.












  • Grau III – cirúrgico com recuperação de oito a 12 semanas
















  • Diagnóstico e Tratamento
    O exame físico do tornozelo pode fornecer indícios sobre a extensão da lesão ligamentar. Freqüentemente, são realizadas radiografias para se determinar existe alguma fratura óssea, mas elas não conseguem determinar se houve um entorse de tornozelo. Outros exames raramente são necessários.

    O tratamento depende da gravidade do entorse. 
    A gravidade do entorse será proporcional a força e a energia que ocorreu o movimento. De acordo com a sua gravidade, o entorse será classificado levando em considerações o número de ligamentos acometidos e principalmente o nível de estiramento ocorrido.





    • Grau 1: Estiramento ligamentar.
    • Grau 2: Lesão ligamentar parcial.
    • Grau 3: Lesão ligamentar total.




    O ligamento mais acometido no tornozelo é o talo-fibular anterior, podendo também atingir o calcâneo-fibular dependendo da energia da lesão. Alterações como dor, edema , dificuldade para deambular (caminhar),  hematoma e equimose (mais evidente após 48 horas) são comuns nessa lesão.

    O seu diagnóstico é clínico podendo ser realizado exames complementares como ultra-som e ressonância magnética, para melhor avaliação do grau da lesão. O raio-X também pode ser efetuado para descartar alguma fratura durante o entorse. 

    Geralmente, os entorses leves são tratados com um enfaixamento do tornozelo e do pé com faixa elástica ou esparadrapo, aplicação de gelo na região, elevação do tornozelo e, à medida que os ligamentos se curam, um aumento gradual das caminhadas e dos exercícios. 


    Para os entorses moderados, é utilizado um aparelho gessado que permite a deambulação, o qual é mantido por três semanas. Esse aparelho imobiliza a perna, mas permite que  o indivíduo ande com o tornozelo lesado. 


    Para os entorses graves, pode ser necessária a realização de uma cirurgia. No entanto, ainda existem controvérsias em relação à cirurgia.

    Alguns cirurgiões acreditam que a reconstrução cirúrgica de ligamentos muito lesados e lacerados não é uma solução melhor que o tratamento não cirúrgico. 




    FISIOTERAPIA
    A fisioterapia é muito importante para a restauração dos movimentos, o fortalecimento dos músculos e a melhoria do equilíbrio e do tempo de resposta, antes que o indivíduo retome as atividades mais exigentes do ponto de vista físico. 


    O período de tratamento vai depender da gravidade da lesão. 
    Veja a seguir o que a fisioterapia pode fazer para um entorse em termos gerais.


    1. diminuir a dor e a inflamação ( Gelo, TENS, interferencial, Ultra-som pulsatil etc..). O médico também pode prescrever algum antiinflamatório ao paciente;
    2. proteger a área afetada (tala, imobilizador, bandagem, muletas, etc...);
    3. combater o edema ( elevação da perna e mobilizazor passivo);
    4. restabelecer a amplitude de movimento (ADM) livre de dor;
    5. mobilização / manipulação das articulações para melhora da ADM;
    6. prevenir a atrofia muscular (exercícios, uso de correntes para fortalecimento);
    7. aumentar a tolerância a sustentação de peso;
    8. aumentar o controle neuromuscular (propriocepção);
    9. alcançar independência do paciente com atividades funcionais e exercícios para domicílio.



    Para os indivíduos que sofrem entorses de tornozelo com facilidade, as lesões subseqüentes podem ser prevenidas com o uso de suportes para o tornozelo e o uso de dispositivos no calçado para estabilizar o pé e o tornozelo.

    Entorse Grave do Tornozelo
    Um entorse pode ocorrer quando o tornozelo roda para fora (sofre inversão), lacerando o ligamento ao longo da parte externa do tornozelo.
















    Complicações
    Algumas vezes, um entorse moderado ou grave causa problemas mesmo após a cicatrização do ligamento. Pode ocorrer a formação de um pequeno nódulo em um dos ligamentos do tornozelo, causando atrito constante na articulação e acarretando inflamação crônica e, finalmente, uma lesão permanente.
    Fonte:Mercksaúde

    sábado, 5 de fevereiro de 2011

    DOR NO CALCANHAR, ..CUIDADO PODE SER SÍNDROME DE HAGLUND

    Já sentiu uma dorzinha no calcanhar? 
    Cuidado, ela pode transformar seus dias de corrida em dias de tratamento. 

    Conhecida como a síndrome de Haglund (dor posterior no calcâneo), é uma lesão decorrente de uma ação mecânica da eminência posterior do calcâneo contra a bursa retrocalcânea (bolsas que servem de proteção entre o tendão de Aquiles e o calcâneo), algumas vezes podendo ser também decorrente da ação entre o posterior do calcâneo e o tênis.

    O diagnóstico deve ser dado pelo profissional médico por meio do exame físico, histórico do atleta, raio x e ressonância magnética. Não há uma causa exata do aparecimento da patologia, mas acredita-se em algumas hipóteses:


    Calçado inadequado (causando uma distribuição de peso incorreta do atleta)


    Biomecânica da corrida

    Overtrainning (Excesso de treino)

    Alterações biomecânicas do pé (parte óssea)

    Encurtamento da musculatura da panturrilha



    TRATAMENTO

    O tratamento visa a diminuição do processo inflamatório e ajuste da biomecânica da corrida com o calçado do atleta, que pode ser feito com palmilhas, sendo estas feitas sob medida ao atleta, e não comprada em farmácias e supermercados.

    O uso de calcanheiras de silicone muitas vezes é indicado para diminuir a pressão do calcâneo, mas quando usada por longos períodos, pode haver um encurtamento da musculatura da panturrilha. Isso causa uma biomecânica errada na corrida, podendo levar a outros problemas mais sérios.


    Outro tratamento muito utilizado são os medicamentosos (indicado por médicos apenas), que podem ser desde antiinflamatórios, até infiltrações de corticóides na região, aliviando assim a dor. Estes tratamentos sempre são efetivos quando feitos em conjunto com a fisioterapia.


    Em casos mais crônicos, a cirurgia é indicada (sempre que os tratamentos conservadores acima descritos não surtirem efeitos). Nesses casos, é feita a remoção da porção póstero-superior do calcâneo, juntamente ao reparo do Aquiles. Deste, faz-se a extração da parte doente do tecido (tenoplastia) e reforço com o uso da transferência tendinosa do fibular curto. 

    Hoje com as técnicas e materiais modernos de fixação dos tendões no calcâneo, como os parafusos de interferência em titânio, consegue-se agressões cirúrgicas menores, com um menor tempo para a realização do procedimento, o que se reverte em resultados finais cada vez melhores.

    Após a cirurgia, faz se a reabilitação, que dura em torno de três a cinco meses, e o fisioterapeuta ajudará o atleta em seu retorno gradual ao esporte. 

    Fonte: Webrun

    sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

    DOR NO CALCANHAR... CUIDADO, PODE SER ESPORÃO.

    Os esporões do calcâneo são excrescências ósseas que se formam no calcâneo (osso do calcanhar) que podem ser causadas por uma tração excessiva desse osso pelos tendões ou pela fáscia (o tecido conjuntivo aderido ao osso). 

    A dor na parte inferior do calcanhar pode ser causada por um esporão de calcâneo. O pé plano (um achatamento anormal da sola e do arco do pé) e distúrbios nos quais a contratura do tendão de Aquiles é permanente podem tensionar a fáscia excessivamente, aumentando o risco de formação de esporões do calcâneo. 

    Os esporões do calcâneo geralmente provocam dor enquanto se desenvolvem, especialmente quando o indivíduo caminha.

    Algumas vezes, uma bolsa contendo líquido (bursa) desenvolve- se sob o esporão e inflama. Geralmente, nssa condição, denominada bursite inferior do calcâneo, a dor torna-se do tipo latejante e esta pode ocorrer mesmo na ausência de um esporão. 

    Algumas vezes, o pé adapta-se ao esporão de tal forma que a dor chega a diminuir à medida que o esporão cresce. Por outro lado, um esporão indolor pode tornar-se doloroso após uma pequena lesão na área como pode ocorrer, por exemplo, durante a prática de um esporte.

    Comumente, os esporões do calcâneo podem ser diagnosticados durante o exame físico. Quando existe um esporão, a aplicação de pressão no centro do calcanhar provoca dor. 

    Radiografias podem ser realizadas para confirmar o diagnóstico, mas elas podem não detectar esporões recém-formados. 

    O tratamento visa o alívio da dor. Uma combinação de corticosteróide com um anestésico local pode ser injetada na área dolorida do calcanhar. O enfaixamento do arco do pé com atadura e o uso de uma órtese (palmilha para o calçado) que ajude a estabilizar o calcanhar são medidas que, além de reduzirem a dor, diminuem a distensão da fáscia.

    A maioria dos esporões do calcâneo dolorosos curam sem necessidade de cirurgia. A cirurgia de remoção do esporão somente deve ser realizada quando a dor interferir na deambulação. No entanto, os resultados da cirurgia são imprevisíveis. Ocasionalmente, a dor persiste após a cirurgia.
    Fonte: Merck

    VEJA TAMBÉM MATÉRIA PUBLICADA NESTE BLOG
    EM 12 SET 2009
    ESPORÃO DE CALCÂNEO