Doença de Alzheimer:
pode ser tratada com drogas usadas para diabetes?
Desde sua descoberta em 1906 pelo pisiquiatra e neuropatologista alemão Alois Alzheimer, a doença de Alzheimer - doença neurodegenerativa progressiva que afeta áreas do cérebro responsáveis pela memória, linguagem e raciocínio lógico - tem sido alvo de várias pesquisas e a comunidade científica mundial busca respostas que levem à compreensão e à cura da doença, até então incurável.
Pesquisas recentes têm apontado uma nova hipótese: a de que a doença de Alzheimer pode ser um tipo de diabetes no cérebro! Várias evidências clínicas mostram que os pacientes com Alzheimer apresentam grandes tendência a desenvolver o diabetes tipo 2 e vice-versa.
Mas os fatores que relacionam as duas doenças permaneciam desconhecidos até recentemente, quando pesquisadores brasileiros (da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ) em colaboração com pesquisadores americanos descobriram que as partículas tóxicas típicas da doença de Alzheimer (as ADDLs) levam a perda de receptores de insulina e deixam os neurônios resistentes à insulina, o que prejudica a transmissão entre eles e sua sobrevivência.
Em um artigo publicado na revista científica PNAS (2009), os pesquisadores verificaram que a administração de medicamentos utilizados para tratamento do diabetes tipo 2, como insulina e rosiglitazona, protege os neurônios da degeneração e restaura a capacidade de comunicação entre eles.
Apesar de os resultados obtidos em laboratório serem positivos, as pesquisas ainda estão em desenvolvimento e, segundo a pesquisadora da UFRJ que conduziu os estudos De Felice, “esses dados não significam que as pessoas com Alzheimer podem sair tomando insulina”. Contudo, esses dados, sem dúvida, abrem perspectivas para a criação de tratamentos mais eficazes para a doença.
Fonte: www.neurociencias.org.br
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