sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O QUE É MELHOR, ANDAR OU CORRER?




Andar ou Correr


Andar ou Correr: Como iniciar um programa de Treinamento Aeróbico?


Podemos considerar que nenhum programa de condicionamento físico pode ser iniciado sem a realização de um teste de esforço. 

Esse teste será responsável por diagnosticar se o indivíduo está ou não apto a realizar uma determinada atividade e, além disso, será uma importante ferramenta de trabalho no acompanhamento da evolução das capacidades físicas individuais.


Além desses conceitos iniciais, alguns testes – os chamados testes ergoespirométricos – também são capazes de determinar as freqüências cardíacas “ideais” de trabalho.

Para tanto, determinam valores mínimos e máximos a serem atingidos durante o exercício, classificando esses valores dentro das chamadas “zonas-alvo”. De uma maneira simplista, podemos diferenciar as zonas-alvo em duas diferentes faixas:


(1) Faixa Ideal para “queimar gorduras”


(2) Faixa Ideal para a melhora do condicionamento cardiovascular



Ainda que essas sejam as definições utilizadas pela Ciência do Treinamento, é certo que um trabalho executado em qualquer uma das diferentes faixas poderá produzir resultados significativos em diferentes indivíduos. 

Mais importante do que definir a faixa de trabalho (zona-alvo), é ter as respostas para as seguintes perguntas: 


Será que estou pronto para correr? 



O que é melhor, correr ou andar?


Para responder essas perguntas, vamos recorrer aos conceitos da mecânica clássica de Newton. 

Diferente da caminhada, a corrida tem uma fase aérea – fase em que os dois pés do corredor permanecem literalmente “no ar”. 

Dessa forma, durante o exercício de correr, muitas vezes temos que aterrissar no solo, projetando uma grande quantidade de energia em nosso aparelho locomotor. 

Em cada uma dessas aterrissagens somos obrigados a suportar aproximadamente 3 PC (3 vezes o peso corporal) em cada uma das pernas. Em outras palavras: um indivíduo de 70 kg transfere para cada perna durante o apoio cerca de 210 kg! Isso acontece milhares de vezes a cada hora (estima-se que um corredor toque no solo de 5000 a 6000 vezes por hora, de acordo com sua técnica de corrida). 

Mas o corpo humano está pronto para suportar essa sobrecarga? Se o indivíduo estiver treinado e próximo ao seu peso ideal, a resposta é sim! E, nesse caso, estar “treinado” também significa ter um aparelho locomotor pronto para receber grandes sobrecargas. 

Para que isso aconteça, não existe alternativa que não seja a realização de um bom programa de treinamento de força. Esse tipo de treinamento é capaz de provocar profundas adaptações nos músculos, ossos e tendões, fortalecendo as suas estruturas e preparando-os para a corrida.


Mas e se eu não tiver iniciado meu programa de treinamento de força ou estiver acima do meu peso ideal, posso correr?





Como em toda regra, algumas exceções se encontram na prática da corrida. Você pode começar a correr sem seguir esse roteiro e até mesmo conhecer muitas pessoas que tenham feito isso. 

Como profissional, sou obrigado a reportar verdades científicas. Verdades, que sejam capazes de proporcionar aos nossos leitores informações atualizadas e, sobretudo, segurança. 

Meu conselho: corrida é uma atividade que sempre deve ser feita sobre a orientação de um bom profissional. Somente esse profissional será capaz de avaliar se você tem ou não condições para realizar esse tipo de treinamento. Outro ponto essencial é levar em consideração o problema do sobrepeso no momento do contato com o solo. Se estiver acima do peso, procure um nutricionista e reavalie sua dieta.


Até que esses pontos estejam alinhados, de preferência às caminhadas. Realizadas corretamente, elas também são um ótimo exercício! Quando a primeira etapa for vencida e você já estiver apto a correr, aí sim é hora de você calçar um bom tênis e aproveitar todos os benefícios que uma corrida segura pode e deve lhe trazer!
Fonte: Irineu Loturco Filho (Diretor Técnico da S2 Esportes)

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