domingo, 30 de setembro de 2012

COLLEEN CRAIG (MUSA DO PILATES EM BOLA) PRESTES A CHEGAR AO BRASIL

Treinadora e escritora vai ensinar seus métodos de Pilates em diferentes cidades brasileiras



Mundialmente reconhecida por seus métodos de Pilates com bola, bosu e outros acessórios, a treinadora canadense Colleen Craig finalmente vem ao Brasil para ensinar profissionais de educação física, fisioterapeutas, instrutores de Pilates e acadêmicos do último ano a aplicarem suas metodologias para treino, massagem e fortalecimento. Autora dos livros “Pilates na Bola” – disponível em português, “Abdominais na Bola” e “Treinos de Força na Bola”, ela conversou com o Portal da Educação Física sobre o Pilates na atualidade e o que os brasileiros podem esperar de suas aulas. 





Confira:

O Pilates é uma tendência ou já está consolidado no universo fitness?
Colleen Craig: Não é mais apenas uma tendência. O Pilates está estabilizado há muitos anos não apenas no universo fitness, mas também na reabilitação. Conforme as pessoas envelhecem, temos mais e mais estudantes interessados em sua prática, pois o Pilates é muito acessível para adultos que estão envelhecendo e também para os jovens que querem melhorar a postura, a força do core (região central do corpo, onde está o nosso centro de gravidade) e querem desenvolver músculos fortes.



Qual é a relação entre a sua metodologia de Pilates e a de Joseph Pilates?
Colleen: Sou treinada e certificada no Canadá pelo Stott Pilates, que é um método muito respeitado de Pilates. Assim, nessa técnica, aproveitamos o que há de melhor no trabalho de Joseph Pilates, modificando algumas coisas para que a prática se torne mais segura e efetiva. Depois que me certifiquei, diversifiquei meu trabalho por conta própria, tomando a decisão de só trabalhar com grupos e, dessa forma, adaptei os exercícios com bolas grandes e pequenas e também sobre superfícies instáveis.



Na sua opinião, como um profissional pode se diferenciar no mercado, já que há tantos estúdios e linhas diferentes de Pilates?
Colleen: Tudo depende do ensinar. Um professor forte, com boas qualidades e que é próximo dos seus alunos vai sempre ter vários estudantes. Sempre digo aos profissionais de educação física que treinam comigo que não importa o que outras pessoas estão fazendo. Foco no seu próprio trabalho e no que é melhor para o seu aluno é que faz a grande diferença.


O que o profissional que pretende abrir um estúdio de Pilates deve ter em mente?
Colleen: Que é preciso ter muito bom treinamento e aproximação cautelosa. É preciso cultivar um senso de segurança e confiança nos alunos. O estúdio deve ser um retiro para eles: do momento em que entram pela porta até o momento de partir, devem se sentir relaxados e com aquela sensação de quem deixou os problemas pra trás.



Como se tornar um bom profissional de Pilates?
Colleen: Conseguir um certificado de uma escola de boa reputação e continuar a frequentar palestras, cursos e workshops de todos os tipos e professores – até mesmo de yoga e outros profissionais do movimento fazem a diferença, mas o mais importante é continuar treinando e fazendo aulas e workshops com professores que têm experiência e conhecimento sobre o que tem acontecido no universo do Pilates, que buscam estar sempre atualizados.



Qual o segredo de sua metodologia? Existe algum limite de idade para praticá-la?
Colleen: Pilates é o exercício mais acessível, de todas as formas. É perfeito para adultos mais velhos, adolescentes, homens e mulheres. Cada exercício pode ser modificado para ajudar alguém a se recuperar de uma lesão ou mesmo a dar o primeiro passo para começar a praticar essa atividade física. Além disso, um mesmo exercício pode ser mudado para desafiar bailarinos e atletas, auxiliando em seus preparos físicos.



Como essa metodologia é aplicada na reabilitação? E na prática esportiva?
Colleen: O Pilates é muito respeitado pelos fisioterapeutas, porque é uma ferramenta incrível da reabilitação. Um dos meus cursos aborda justamente isso: como os fisioterapeutas podem aprender a “construir”, bloco a bloco, exercícios avançados dos quais podem usar só uma “parte” do movimento para auxiliar o processo de reabilitação dos pacientes. Para os atletas de alta performance, é importante lembrar que todos os movimentos podem ser modificados para o seu treinamento, independentemente da modalidade. Jogadores de golf, de baiseball, bailarinas... Todos saem beneficiados com o Pilates, já que a ênfase está na força do core, tão essencial para ajudar a atingir as metas.



Embora seja ótimo para cuidar de lesões, há riscos para o aluno de Pilates, caso o treinador/professor não esteja preparado para usar seus movimentos? Em caso positivo, quais?
Colleen: Os exercícios são seguros. Ainda assim, há muitas flexões da região lombar, da área do pescoço e isso pode não ser muito bom para certos alunos. Sempre trabalhe com o aluno que está na sua frente e não faça só um check-list de exercícios a serem realizados na aula é a minha recomendação.



Que novidades os alunos brasileiros podem esperar dos seus cursos de Pilates?
Colleen: Como não uso equipamentos, meus cursos vão focar em como melhorar o trabalho na esteira/colchonete, usando pequenos objetos e superfícies instáveis. Procuramos realizar um trabalho avançado, mas, o mais bacana é que pretendemos “quebrar” esses exercícios, ensinando os alunos a fazerem isso de uma forma segura.



Pilates em foco

A técnica de Pilates foi desenvolvida por Joseph Pilates na década de 20 e consiste em uma série de exercícios de força, alongamento e tônus muscular que enfatizam a flexibilidade e o relaxamento. Ideal para tonificar abdômen e músculos, ele também melhora a postura e a consciência corporal. O Pilates não tem contraindicações ou limitações de idade, sendo que é imprescindível que todos os interessados, sejam adolescentes ou idosos, consultem o médico antes do início da prática da atividade física. Sedentários e atletas também estão liberados para a prática do Pilates, se beneficiando de seus exercícios fluidos.

Fonte: tudosobrepilates.com.br



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EM 3 DEZ 2009
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