quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O PILATES NO COMBATE AO LÚPUS ERITEMATOSO

Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória de causa desconhecida.

Para que se desencadeie a doença, agentes externos desconhecidos (vírus, bactérias, agentes químicos, radiação ultravioleta) entram em contato com o sistema imune de um indivíduo que está com vários genes erradamente induzindo produção inadequada de anticorpos. Estes anticorpos são dirigidos contra constituintes normais (auto-anticorpos) provocando lesões nos tecidos e também alterações nas células sangüíneas.

É uma doença razoavelmente comum no consultório dos reumatologistas.

Atinge principalmente mulheres (9:1) em idade reprodutiva, iniciando-se mais comumente entre 20 e 40 anos. Pode ser bastante benigno até extremamente grave e fatal.

SINTOMAS

As manifestações clínicas são muito variáveis entre os pacientes.

As queixas gerais mais freqüentes são:

  • mal-estar,
  • febre,
  • fadiga,
  • emagrecimento e falta de apetite,

Sintomas os quais podem anteceder outras alteraçõe s por semanas ou meses.
Os pacientes já poderão estar sentindo dor articular ou muscular leve e apresentando manchas vermelhas na pele que passam por urticária.

As alterações mais freqüentes
ocorrem na pele e articula
ções.

Pele e mucosas

Há muitos tipos de lesão cutânea no LES. A mais conhecida é a lesão em asa de borboleta que é um eritema elevado atingindo bochechas e dorso do nariz. Manchas eritematosas planas ou elevadas podem aparecer em qualquer parte do corpo.

Muitos pacientes com LES têm sensibilidade ao sol (foto-sensibilidade). Assim, estas manchas podem ser proeminentes ou unicamente localizadas em áreas expostas à luz solar. Outras vezes, as lesões são mais profundas e deixam cicatriz (lúpus discóide).


LUPUS DISCÓIDE


Começam com uma escamação sobre a mancha eritematosa. Com o passar do tempo a zona central atrofia e a pele perde a cor, ficando uma cicatriz que pode ser bastante desagradável.

Há casos de lúpus discóide em que nunca haverá outros problemas, isto é, não haverá lúpus sistêmico. Estes pacientes devem ser seguidos com atenção pois não há como acompanhar a evolução sem exame físico e laboratorial.

Queda de cabelo é muito freqüente. Os fios caem em chumaços e muitos são encontrados no travesseiro. É sinal de doença ativa.

Apesar de não serem freqüentes, são úteis para o diagnóstico o aparecimento de feridas dentro do nariz, na língua e na mucosa oral.



Aparelho locomotor

A grande maioria dos pacientes tem artrite. Esta costuma ser leve e melhorar rapidamente com tratamento. Entretanto, há poucos casos em que aparecem lesões destrutivas que podem ser bastante graves.

O uso de corticóide por longo tempo (que muitas vezes é indispensável) pode provocar, em cerca de 5% dos pacientes, necrose em extremidade de ossos longos, principalmente fêmur.

Tendinites ocorrem com freqüência e podem acompanhar as crises de artrite ou se manifestarem isoladamente. Regiões não habituais como tendão de Aquiles podem incomodar por bastante tempo. Poucas vezes há lesões graves.

Lúpus crônico pode provocar deformidades nas mãos que lembram artrite reumatóide.


Miosite (inflamação das fibras musculares) não é um evento comum, mas pode ser grave e confundir com outras doenças musculares. Dor muscular discreta pode ocorrer e não é preocupante.


O tratamento com Pilates

Por atuar com a melhora dos movimentos e das articulações, exercícios de pilates são indicados para pacientes com Lúpus Eritematoso.

Os exercícios realizados nos equipamentos de pilates vão atuar no fortalecimento muscular, principalmente de membros inferiores e controle de tronco auxiliando a deambulação(caminhada), na flexibilidade articular e na recuperação da musculatura pélvica que atua no controle de incontinência urinária apresentada por alguns pacientes.

O fisioterapeuta consegue ajustar um programa de tratamento específico, onde os próprios aparelhos auxiliam a execução do movimento, trazendo, com isso, resultados bastante satisfatórios deste controle motor. Os exercícios de propriocepção dão ao paciente condições para a recuperação dos movimentos.

3 comentários:

  1. Tony
    Obrigado pelo incentivo
    E obrigado por aderir ao blog.

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  2. Olá, meu nome é Rosângela tenho 38 anos, sou negra e Tenho lupus e dermatomiosite e gostaria de saber se a plataforma vibratoria ajuda ou atrapalha, ou seja é bom ou ruim para quem tem estas doenças? Aguardo resposta, desde já muito grata meu e mail é rcoliveira1974@bol.com.br

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