Pessoas com cerca de 50 anos que fazem exercícios por meia hora pelo menos duas vezes por semana podem reduzir pela metade o risco de desenvolver o mal de Alzheimer, indica uma nova pesquisa.
Segundo o estudo publicado pela revista científica "Lancet", as pessoas com uma tendência genética a ter a doença podem reduzir o risco em até 60% se praticarem exercícios.
Os cientistas suecos envolvidos na pesquisa afirmam que a descoberta tem enormes implicações na prevenção do mal de Alzheimer.
Apesar de outros estudos já terem sugerido que exercícios regulares podem ajudar contra a doença, este é um dos primeiros a analisar os efeitos por um longo período, cerca de duas décadas.
Os autores dizem que o período é importante porque o Alzheimer leva muitos anos para se desenvolver e normalmente já está em fase avançada quando é diagnosticado.
Resultados
A saúde de cerca de 1.500 homens e mulheres foi acompanhada no estudo. Entre eles, cerca de 200 desenvolveram Alzheimer ou outras desordens neurológicas entre os 65 e os 79 anos.
Os cientistas analisaram as atividades físicas dos participantes da pesquisa até 21 anos antes, quando eles ainda tinham cerca de 50 anos.
Aqueles que desenvolveram Alzheimer ou outras doenças neurológicas tinham feito muito menos exercícios físicos durante a fase adulta do que aqueles que não apresentaram essas doenças.
A quantidade de exercício que aparentemente beneficiou os que não desenvolveram o mal foi de cerca de 20 a 30 minutos pelo menos duas vezes por semana, com intensidade suficiente para deixar a pessoa sem fôlego e suando.
Normalmente, as pessoas recebem a recomendação de fazer cerca de 20 a 30 minutos de exercícios aeróbicos de três a cinco vezes por semana para ter coração e pulmões saudáveis.
Cérebro
Os cientistas envolvidos na pesquisa afirmam que há muitas razões que explicam a influência dos exercícios sobre o cérebro e todo o corpo. Exercícios, por exemplo, podem manter pequenos vasos sangüíneos do cérebro saudáveis, além de proteger contra pressão alta e diabetes.
A atividade física também pode reduzir a concentração da proteína amilóide, que se acumula no cérebro de pessoas com Alzheimer.
Os cientistas também dizem que pessoas que têm um estilo de vida mais saudável geralmente tendem a beber menos álcool e a fumar menos.
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