domingo, 9 de janeiro de 2011

PILATES PODE MELHORAR A CORRIDA

TREINAMENTO DO CORE PARA CORREDORES



Correr é ótimo, mas deixa de lado alguns músculos essenciais, como os abdominais e os dorsais. O Core Training, ou treinamento do núcleo do corpo, pode deixar você mais ágil, mais forte e menos suscetível a lesões. O treinamento do core é amplamente explorado pelo Pilates, sendo ele base de todo movimento no método.


Os abdominais e os dorsais são os principais “órfãos” da corrida e também os músculos que mais podem ajudá-lo a melhorar a performance, principalmente nas corridas de longa distância. Esses dois grupos musculares, com os músculos do quadril, formam o que os treinadores chamam de core – o núcleo do corpo. 

O core é nosso centro de gravidade, responsável por manter a estabilidade da coluna e do quadril quando andamos, corremos, respiramos.
 
Ter um core mais forte 
significa ter mais equilíbrio e 
mais controle sobre o próprio corpo



Isto é especialmente importante quando corremos em terrenos irregulares. Além disso, é o core que protege a coluna vertebral, absorvendo o impacto da corrida e mantendo a postura correta mesmo quando o cansaço chega.


Corredores que negligenciam os exercícios abdominais e dorsais estão mais suscetíveis às dores nas costas, principalmente na região lombar. Por outro lado, corredores que trabalham bem essa parte do corpo tendem a economizar energia e a melhorar a técnica. 

Isso porque o core distribui a energia gerada nos grupos musculares maiores (no caso da corrida, os quadris) para os grupos musculares menores (pernas, pés, braços). Quando o core trabalha bem, pouquíssima energia é perdida em movimentos indesejáveis da coluna e do quadril.


“O core permite que o corpo produza força, reduza força e se estabilize em reação a estímulos externos. Quando todos os músculos absorvem e transmitem a força de forma ideal, produzem um movimento mais eficiente”, explica Luciano D’Elia, 31 anos, preparador físico especializado em treinamento desportivo e fisiologia e treinador de corredores e lutadores de jiu-jítsu. 

Isso ajuda o esportista a gerar mais energia também nos músculos que estão “ancorados” nesse tronco. Ao fazer menos contrações para obter a mesma força, o risco de lesões diminui.


Em contrapartida, um core enfraquecido faz com que você perca energia e aumenta o risco de lesões. “Se os membros superiores e inferiores forem fortes e o core for fraco, a mecânica da corrida será prejudicada e o corredor ficará mais vulnerável”, adverte D’Elia. 

O fortalecimento do core também é um santo remédio para vícios posturais ou mecânicos, como a movimentação excessiva da cabeça e do quadril, a lordose acentuada e a postura encurvada.


Rodrigo Guedes, 31, advogado, já foi jogador de pólo e triatleta e atualmente compete em corridas de aventura com sua equipe, a Iancatu. “Corro há muitos anos e a lombar sempre foi o sofrimento de minha vida. Sentia muita dor, principalmente nas subidas”, conta e comemora:

“Há seis meses comecei 
a fazer o fortalecimento do core. 
Minha corrida está mais forte e enérgica 
e,  posso correr mais porque não sinto dor”





Como trabalhar o core:
Um ponto fundamental no treinamento do core para corredores é que ele seja realizado num ambiente semelhante ao encontrado na corrida. Assim, treina-se também o sistema nervoso, que durante a corrida orquestra uma série de ações diferentes, como o contato com o solo, a transferência de energia do calcanhar para o quadril, o empurrar e puxar dos membros inferiores. 

Ao executar os exercícios, se possível, troque o chão firme por uma base de apoio instável – pode ser uma bola de exercícios, no caso dos movimentos sentados, ou uma espuma grossa, nos movimentos em pé. Dessa maneira, você treinará o cérebro e os músculos a responderem rapidamente aos desequilíbrios.


O treinamento do core deve enfatizar todos os tipos de contrações musculares, alterando regularmente os acessórios, a posição do corpo, a velocidade do movimento, o volume e a intensidade do treino. Variando os estímulos, seu core ficará forte por completo.
Fonte: revistao2/uol


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EM 18 JUL 2010
A TONIFICAÇÃO MUSCULAR NO PILATES

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