sábado, 3 de novembro de 2012

CAMPO DE TRABALHO PARA A FISIOTERAPIA


Fisioterapia tem campo 

de atuação amplo



Após um acidente, uma cirurgia ou um derrame cerebral (AVC) muitas pessoas precisam da ajuda de um fisioterapeuta para recuperar as funções dos membros e sistemas do corpo como voltar a andar, mexer o braço, fazer atividades sem sentir dor, entre outras tarefas. A profissão é o tema do Guia de Carreiras do G1 desta semana.


Profissional da área de saúde, o fisioterapeuta trabalha na promoção do bem-estar, manutenção, prevenção, tratamento e reabilitação do paciente. Com um campo de atuação amplo, o trabalho vai além das áreas já conhecidas como a traumato-ortopédica, neurológica (pacientes que precisam recuperar movimentos após problemas no cérebro) e esportiva. 


Segundo especialistas da área ouvidos pelo G1, os profissionais são cada vez mais requisitados para atuar nas áreas de ginecologia e obstetrícia, dermatologia funcional e estética e geriatria, devido ao envelhecimento da população. “A sociedade identifica o fisioterapeuta com a área de traumatologia. Mas nosso trabalho vai além”, afirma o presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), José Euclides Poubel e Silva. 



De acordo com Silva, o trabalho na ginecologia é voltado para corrigir problemas de disfunções do sistema urinário das mulheres e fortalecer a musculatura da região pélvica. Já no campo da dermatologia funcional, o fisioterapeuta pode, por exemplo, acompanhar pacientes no pós operatório de mastectomia e queimaduras com o objetivo de garantir melhoria na retração da pele e devolver à pessoa a sensibilidade da região atingida. 


Tratamentos estéticos como drenagem linfática e massagens também são de responsabilidade desse profissional. “Já há projetos de lei que querem delimitar essa área só para a fisioterapia”, afirma Silva, segundo o qual essas áreas devem demandar mais profissionais nos próximos anos.


O Envelhecimento da população trouxe demanda  em novas áreas de trabalho.




Vocação
Para ser um profissional da área é fundamental gostar de lidar com as pessoas, ter noções de biologia e física e ser curioso pelas características do movimento humano. “O aluno deve ter paciência para cuidar dos doentes e compreender as implicações das deficiências humanas”, diz o professor Marcelo Velloso, coordenador do colegiado de curso da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), uma das mais bem avaliadas na área pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). 

Para o fisioterapeuta Nilton Petrone, conhecido como Filé, que já tratou de vários esportistas de destaque como Romário, Ronaldo e Gustavo Kuerten, é essencial estar preparado para se deparar com a dor do outro.


Profissionais
Segundo dados do Coffito, há 89 mil fisioterapeutas registrados em todo o país. Outros 25 mil possuem cadastro temporário, pois se formaram há pouco tempo e só têm o certificado de conclusão de curso, ainda não receberam o diploma, que dá direito ao registro permanente. A maioria dos profissionais, segundo o conselho, se concentra nos grandes centros. 

O salário não é unificado em todo o país. O sindicato de cada estado estipula um piso em negociação com o setor patronal. Em São Paulo, por exemplo, a remuneração mínima fixada é R$ 1.330 para 30 horas de trabalho semanais. Já os profissionais com mais tempo de trabalho ganham entre R$ 2.500 e R$ 3.800.


Curso
Há 379 faculdades de fisioterapia no país, segundo dados de 2005 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O curso tem duração que varia de quatro a cinco anos. 

Nos primeiros semestres, os alunos estudam disciplinas básicas como citologia, anatomia, genética, bioquímica, sociologia, psicologia, entre outras. No ciclo profissional, são ensinadas matérias como movimento e desenvolvimento humano, recursos terapêuticos e fisioterapia aplicada a diversas áreas como, por exemplo, a cardiovascular, a pediatria, e a ortopedia. 

A graduação tem um grande período de estágio que, segundo as diretrizes do Ministério da Educação (MEC ) deve corresponder a pelo menos 20% da carga horária total do curso. Na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), os alunos passam um ano fazendo estágio em período integral. Na UFMG os estágios são feitos durante um ano e meio em hospitais (setores de emergência e UTI), ambulatórios e postos de saúde. 
Fonte: G1

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