sexta-feira, 2 de novembro de 2012

TREINAMENTO FUNCIONAL E PILATES PARA O FUTEBOL


Quais as vantagens desses dois métodos na preparação física do atleta?


No decorrer do processo de evolução do treinamento esportivo várias técnicas surgiram, algumas mais específicas e funcionais, outras com pouco valor biomecânico/fisiológico vantajoso. 

Pensando nisso e procurando periodizar o treinamento cada vez mais específico para o esporte pretendido ou voltado à saúde, minimizando ao máximo os erros, surgem o Treinamento Funcional e o Pilates. 


Esses métodos tiveram início nos Estados Unidos (Treinamento Funcional) e Alemanha (Pilates), e ambos os treinos têm conseguido um grande êxito no Brasil. Objetivam trabalhar o corpo de maneira íntegra e não isolada, adaptando-o de maneira funcional ao movimento escolhido.

O Treinamento Funcional e o Treinamento de Pilates visam, na especificidade do esporte pretendido, ao fortalecimento do centro do corpo e ao treinamento do sistema de controle músculo-esquelético (sistema sensório-motor), este último geralmente esquecido pelos treinamentos convencionais. 


Quando se pensa em treinamento desportivo voltado para o futebol, algumas questões muito importantes não devem ser esquecidas, bem como os princípios do treinamento desportivo. No entanto, o princípio da especificidade será aqui considerado para que o leitor venha a entender melhor como o Treinamento Funcional e o Pilates podem aumentar ainda mais a performance dos atletas de futebol, diminuindo os índices de lesões.


O princípio da especificidade objetiva as adaptações funcionais que o corpo humano tem ao programa de atividade que lhe foi proposto. Dentre estas adaptações estão relacionadas: angulações das articulações do corpo no chute e movimentos específicos, metabolismo energético predominante, substrato energético primário, postura adequada para ganho de velocidade e força nos movimentos, fortalecimento do core (centro corporal), quantidade de músculos e articulações envolvidas no movimento, mobilidade articular, entre outros. 

Dessa forma, o atleta necessita ter um controle de seu corpo em relação à gravidade que seja bastante funcional em relação aos movimentos específicos do futebol. Para tal, ele precisa ter as qualidades físicas corporais bem desenvolvidas, e sem perturbações de modo a coordenar e alinhar seu organismo dentro das possíveis exigências de um movimento corporal bastante eficaz e preciso, evitando assim, as muitas lesões que possa ter no futuro. Uma postura correta, por exemplo, representa um ganho de performance imenso e ela pode ser obtida com exercícios de equilíbrio e fortalecimento do corpo de uma maneira íntegra. Condicionando e integrando o Sistema Nervoso Central (SNC) à cadeia cinética do movimento desejado, que é a base do programa de treinamento nesses métodos, o corpo pode realizar um movimento muito mais fluido e dinâmico. 

Portanto, esses dois métodos procuram não mecanizar o programa de exercícios propostos, para que os músculos treinados não fiquem limitados. Partindo disso, o atleta não se lesiona ao precisar realizar movimentos não previstos no treinamento corporal.



O programa de treinamento voltado para a capacidade funcional aqui proposto, traz ao corpo do atleta de futebol diversos benefícios, dentre eles:

• Diminuição de lesões articulares e musculares.
• Melhoria do equilíbrio muscular.
• Melhoria da consciência e controle postural na realização dos movimentos específicos.
• Maior estabilidade da musculatura paravertebral, abdômen e glúteos, que são essenciais para realização do chute no futebol.
• Melhora do equilíbrio estático e dinâmico.
• Economia de esforços em movimentos desnecessários.
• Aumento da eficiência dos movimentos.
Todo programa de exercício elaborado dentro dos princípios desse tipo de treinamento trará benefícios para o atleta. O mais importante é minimizar os erros para que a performance atlética seja alcançada no decorrer da exigência .
Escrito por:Thiago de Araujo Carneiro
Fonte:http://revistapilates.com.br/

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