sexta-feira, 16 de novembro de 2012

OBJETIVOS DA REABILITAÇÃO PARA O PACIENTE COM ALZHEIMER



Nos estágios iniciais e médios da doença, a intervenção fisioterápica geralmente pode prolongar a habilidade de movimentar-se com facilidade.

É importante observar que inicialmente a intervenção fisioterápica pode ser potencialmente envolvida com a facilitação do planejamento motor e planejamento para compensação de perdas nas atividades de vida diária. A habilidade para andar é perdida mais tarde, e outros estudos relatam níveis comparáveis de comprometimento.

A intervenção fisioterápica para assistir o paciente e treinar os atendentes envolve a facilitação dos movimentos e planejamentos motor e o desenvolvimento ou refinamento de pistas ambientais e cognitivas para ajudar a realizar tarefas complexas.
O comprometimento cognitivo é o fator limitante. A análise ajuda o atendente a prover somente a ajuda que é absolutamente necessária, com os pacientes continuando a realizar sozinhos o máximo de AVDS possível; por exemplo, para escovar os dentes, o paciente precisa ser capaz de lembrar o comando, identificar a escova de dentes, e realizar a ação motora. O paciente pode somente precisar de ajuda de alguém que coloque a escova em sua mão e a guie lentamente para a boca para que seja capaz de escovar os dentes.

A primeira meta da reabilitação é criar um ambiente (emocional e físico) que dê suporte (trabalhar ativamente para compensar as perdas cognitivas específicas dos pacientes na medida em que forem ocorrendo gradualmente). A meta final é ajudar os pacientes a sentirem que eles são capazes, de modo que continuem a tentar fazer por si próprios as coisas que possam fazer com segurança, independentemente de permanecerem em sua casa ou estarem vivendo em uma instituição.
Em cada sessão os movimentos precisam ser equilibrados com períodos adequados de repouso para assegurar que o paciente não atingirá o ponto de fadiga e exaustão. São preferíveis freqüentes e breves períodos de atividade física.

O fisioterapeuta pode contribuir muito com a melhora da qualidade de vida do paciente e da família.






Objetivos da reabilitação fisioterápica:

- Diminuir a progressão e efeitos dos sintomas da doença,

- Evitar ou diminuir complicações e deformidades,

- Manter as capacidades funcionais do paciente (sistema cardiorrespiratório),

- Manter ou devolver a ADM funcional das articulações,

- Evitar contraturas e encurtamento musculares (imobilização no leito),

- Evitar a atrofia por desuso e fraqueza muscular,

- Incentivar e promover o funcionamento motor e mobilidade,

- Orientação sobre as posturas corretas,

- Treino do padrão da marcha,

- Trabalhar os padrões do funcionamento sistema respiratório (fala, respiração, expansão e mobilidade torácica),

- Manter ou recuperar a independência funcional nas atividades de vida diária.

Consiste basicamente na fisioterapia motora, que engloba desde exercícios ativos, passivos, auto-assistidos, contra-resistência, isométricos, metabólicos, isotônicos, ou seja, qualquer tipo de movimento é bem vindo no tratamento. Quando chega a uma segunda fase esta patologia, deve-se estimular atividades para que o paciente não fique o tempo inteiro na cama, evitando assim escaras de decúbito, comumente relatadas. Alongamentos e atividades de relaxamento podem ser realizados.

Outras modalidades de tratamento são eficazes, como a parte de exercícios para o condicionamento aeróbico, como estimular o paciente a realizar caminhadas, tanto por percursos diferentes, ou dependendo pelo mesmo percurso, estimulando assim concomitantemente a memória do paciente. Bicicletas estacionárias também são de grande valia, assim como se possíveis trabalhos de hidroterapia.

Exercícios para propriocepção e equilíbrio são fundamentais para a desenvoltura do paciente, como exercícios com bastões, bola, descarga de peso gradual, andadores, percursos.

Pode realizar atividades em que se estimule o raciocínio do paciente, como atividades de escrever, decorar palavras, nomear objetos, que levam a um estímulo da memória.

Porém a principal atitude a ser tomada é a companhia que este paciente precisa, nunca deixa-lo no abandono, por isso a conversa com familiares sobre o assunto é importante, para que assim este paciente possa conviver normalmente num meio familiar, eliminando o risco de passar o resto de sua vida num asilo.
Fonte: SB Neurociência

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