Crioterapia nas lesões esportivas – tratamento com gelo
crioterapia (tratamento pelo frio)
É um agente terapêutico bastante utilizado nas lesões musculoesqueléticas frequentemente causadas durante a prática esportiva. Dentre as lesões mais comuns estão as contusões, distensões, entorses, bursites e as tendinopatias.
Os fisioterapeutas tratam as lesões inflamatórias na fase aguda ou inicial que duram em média 24 a 48 horas, seguida pela fase sub-aguda que dura cerca de 14 dias. Os sinais e sintomas de inflamação são:
- Dor
- Edema/ inchaço
- Rubor/ vermelhidão
- Calor e
- Perda da função.
A crioterapia é benéfica na redução no sangramento e espasmo muscular, diminuição na formação do edema, alívio da dor, favorecendo a melhora na qualidade do tecido muscular.
O tempo de aplicação do gelo depende da densidade corporal (obesos, hipertróficos) e da profundidade da lesão. Durante aproximadamente os primeiros 5 minutos de aplicação, pode haver sensação dolorosa, mas logo cessa.
As técnicas mais efetivas de aplicação da crioterapia são:
- Banho de contraste durante 10 a 15 minutos para lesões superficiais e para lesões profundas, 30 minutos. Na fase aguda e sub-aguda iniciar e terminar com o frio.
- Criomassagem durante 7 minutos por 48 horas e repouso a cada 3 horas.
- Imersão para áreas pequenas com temperatura entre 1 a 5˚C até 30 minutos e para grandes áreas entre 10 a 15˚C durante no máximo 10 minutos.
- Pacote de gelo entre 2 a 4˚C, a opção de baixo custo, sempre retirar o ar do pacote e estabilizar no local lesionado com faixa elástica ou atadura.
- Criospray, molhar com água a área, inverter o frasco e aplicar a uma distância de aproximadamente 30 cm até o local ficar branco.
Estudos indicam que a crioterapia antes do treino de resistência muscular diminui a força e, antes do alongamento, aumenta a flexibilidade a curto prazo.
As contra-indicações e precauções da crioterapia são sobre feridas abertas, casos de diabetes mellitus, hipersensibilidade ao frio e doença de Raynaud.
A crioterapia torna a atividade celular mais lenta, portanto, o gelo tem momento e indicação adequada para ser aplicado, senão, retarda o processo de regeneração tecidual.
Escrito por Érika Barroso – Fisioterapeuta
CREFITO/SP 47213
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10 out 2010
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