quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

TRATAMENTO DA DOR NEUROPÁTICA


DOR NEUROPÁTICA


A dor neuropática é causada por uma alteração localizada em qualquer ponto de uma via nervosa. Uma anormalidade altera os sinais nervosos, que são então anormalmente interpretados no cérebro. 


A dor neuropática pode causar dor profunda ou sensação de queimação, e outras sensações, como hipersensibilidade ao toque. 


As infecções, como o herpes zoster (cobreiro), podem acarretar inflamação dos nervos e produzir a neuralgia pós-herpética, um tipo de dor neuropática crônica e do tipo queimação que persiste na área infectada com o vírus. 


A distrofia simpática reflexa é um tipo de dor neuropática na qual a dor é acompanhada por edema e sudorese ou por alterações do fluxo sangüíneo local ou por alterações dos tecidos (p.ex., atrofia ou osteoporose). 


A rigidez (contratura) das articulações tornam essas estruturas incapazes de flexionar ou estender completamente. A causalgia é uma síndrome semelhante à distrofia simpática reflexa e pode ocorrer após uma lesão ou uma doença de um nervo importante. 


Dor neuropática é uma das duas principais condições dolorosas crônicas. Na dor neuropática geralmente não há nenhum dano tecidual. O que ocorre é uma disfunção das vias que transmitem dor, levando a uma transmissão crônica dos sinais dolorosos.



Na verdade, a dor neuropática pode ser provocada por quaisquer lesões nos nervos que percorrem o corpo (face, membros, tórax), por lesões da medula espinal ou até por lesões no cérebro. Por isso mesmo, apresenta sinais e sintomas distintos e que podem variar de intensidade com o tempo. 



Alguns exemplos mais conhecidos de dor neuropática ocorrem:

*Nos nervos da face, principalmente no nervo trigêmeo (neuralgia do trigêmeo);

*Por traumas diretos na região por onde passam nervos;

*Dor do membro fantasma e dor de coto de amputação;

*Em pacientes com síndromes compressivas (entrapment e neoplasias);

*Em pacientes pós-radioterapia;

*Em indivíduos com doenças metabólicas e endócrinas;

*Em doenças auto-imunes;

*Por compressões de nervos da coluna causadas por hérnias de disco;

*Pelo vírus Herpes Zoster (neuralgia pós-herpética);

*Em pacientes diabéticos (neuropatia diabética);

*Em pacientes com abuso do álcool;

*Em pacientes com AIDS;

*Em casos de deficiência de vitaminas do complexo B;

*Em indivíduos com Esclerose Múltipla;

*Em indivíduos com Doença de Parkinson;

*Em indivíduos que sofreram um Acidente Vascular Cerebral.



No contexto de dor neuropática se incluem dor central, dor de membro fantasma, síndrome complexa de dor regional, distrofia simpático reflexa, etc. A dor neuropática pode ser provocada por quaisquer lesões nas raízes e nervos periféricos, na medula espinhal, no tronco cerebral e no encéfalo. 


É uma entidade complexa e heterogênea, com sinais e sintomas que podem flutuar em intensidade com o tempo. Suas características principais são a presença de dor espontânea ou dor provocada por estímulos não-nocivos nos locais afetados, combinação paradoxal de perda sensitiva e hiperalgesia na área dolorosa, dor paroxística e aumento gradual da dor com a estimulação repetitiva. Observa-se o aparecimento de hipersensitividade, mecanoalodinia (que é a percepção de estímulos táteis e mecânicos como dor), hiperalgesia térmica, hiperpatia, extraterritorialidade (como na síndrome de dor complexa regional/distrofia simpaticorreflexa), inflamação neurogênica e desregulação autonômica.



Existem diversos mecanismos que causam esse tipo de dor. Assim, ao mesmo tempo em que um mecanismo pode ser responsável por diferentes sintomas, o mesmo sintoma, em pacientes diferentes, pode ser causado por mecanismos diferentes.



Injúrias aos nervos sensoriais periféricos são provavelmente a causa mais comum. Quando os pacientes necessitam tratamento medicamentoso por tempo prolongado após traumatismos, dor neuropática deve ser considerada.



Em pacientes idosos, radiculopatia secundária a doença degenerativa da coluna vertebral é a causa mais comum de dor neuropática seguida de lesões iatrogênicas durante procedimentos cirúrgicos por outras causas.



Enquanto a dor ciática é facilmente identificada, radiculopatias em outras localizações pode produzir dor nos genitais, abdome, tórax, pescoço e podem ser confundidas com outras causas de dor.



Outra causa de dor neuropática em idosos é o herpes zoster, que tem o risco aumentado proporcionalmente à idade do surgimento das lesões.



As polineuropatias produzem o típico padrão de dor em luva e bota. Inicialmente os pacientes se queixam de dor em queimação nos pés. Esta dor surge por comprometimento das pequenas fibras nervosas com pouco ou nenhuma mielina. Diabetes e HIV são uma das principais causas deste tipo de neuropatia. Entretanto, várias outras causas podem ser enumeradas e um grande número de pacientes não apresenta nenhuma doença detectável (forma idiopática).



Dor neuropática central tem sido descrita em várias lesões do sistema nervoso central, incluindo lesões vasculares, traumáticas, desmielinizantes, degenerativas, infecciosas e neoplásicas. Embora as descrições iniciais tenham focado os infartos talâmicos como principal causador de dor neuropática central, qualquer lesão nas vias espinotalâmicas que carregam os impulsos dolorosos pode causar dor neuropática central.




O tratamento da dor neuropática é habitualmente difícil. Além de medicamentos, os pacientes com dor neuropática frequentemente necessitam de medidas neurocirúrgicas específicas, bloqueios anestésicos, terapias fisiátricas, psicológicas e ocupacionais para que consigam conviver com a dor e ter recuperação funcional.



Fisioterapia é parte integral do tratamento. Os objetivos deveriam ser maximizar a função e evitar o desuso para não ocorrer atrofia e contraturas.

Fonte:http://clinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br






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