segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A LOMBALGIA NA GESTAÇÃO



 Lombalgia Gestacional







Durante o período gestacional, o corpo da mulher passa por diversos processos fisiológicos para que haja uma adaptação para o desenvolvimento da gravidez. 


Deste modo, uma das alterações comuns são os edemas de partes moles, que pode levar a redução do espaço disponível das estruturas anatômicas, facilitando assim o surgimento de síndromes de compressão nervosa, incluindo a lombar.



As adaptações do sistema osteoarticular são estabelecidas pelo aumento de peso progressivo por parte da mãe, juntamente com o considerável aumento do abdômen e das mamas e à ação de hormônios placentários. O aumento de peso ocorre mais intensamente no terceiro trimestre gestacional, sobrecarregando ainda mais as articulações. Devido à presença do feto e seus anexos no interior do útero, a mãe passa por algumas adaptações posturais realizada por forças internas exercidas pelos músculos extensores do quadril, havendo deslocamento anterior da pélvis e modificação na curvatura lombar.



Sabe-se também que durante a gestação o desenvolvimento uterino leva a alterações na estática da mulher, devido à protusão abdominal, deslocamento diafragmático, mudanças na coluna vertebral e rotação pélvica, além da mudança do centro gravitacional para frente e para cima, tencionando a região lombar. Essas alterações, juntamente com a instabilidade de equilíbrio podem favorecer o surgimento de lombalgia gestacional.



Além das alterações mecânicas anteriormente citadas, a lombalgia gestacional pode ter outras etiologias, como:


Vascular: ocorre uma redução no fluxo sanguíneo medular, devido à compressão dos grandes vasos sanguíneos pelo útero gravídico.


Hormonal: durante os primeiros meses de gestação surgem as alterações biomecânicas, devido a presença da relaxina, um hormônio secretado pelo corpo lúteo (ou corpo amarelo) no 1° trimestre de gestação. Este hormônio promove o relaxamento ligamentar generalizado, tornando as articulações da coluna lombar e do quadril menos estáveis e, deste modo, mais susceptíveis ao estresse e a dor.

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