Com a chegada da Internet uma nova mudança, uma tremenda revolução social e cultural vem ocorrendo em nossa sociedade. Graças à popularização da World Wide Web, atingimos um novo patamar na evolução humana: A transição do Homo sapiens ao Homo sentadus, podendo chegar infelizmente ao Homo deitatus.
Os membros superiores começam a adotar invariavelmente um ângulo de 90º para melhor dominarem as teclas e os dedos estão tornando-se cada vez mais ágeis e velozes no teclado.
O Homo sentadus é um ser extremamente sedentário. O habitat natural predileto é o seu escritório ou o seu quarto. e o que é pior é que neste último ambiente em especial, permanece quase sempre deitado assistindo televisão, com isso favorecendo o galgar de mais um degrau na escala evolutiva humana que é o , Homo deitatus .
Raramente sai destes espaços fechados a não ser por extrema necessidade como deslocar-se para a cozinha para pegar alimentos ou ir a uma loja de acessórios de informática para comprar equipamentos ainda mais sofisticados.
Estamos falando de uma espécie nada social que prefere quase sempre estar sozinho, fechado entre quatro paredes, a comunicar-se com outros da sua própria espécie.
Este estágio evolutivo não se caracteriza pelo aumento da capacidade cerebral, mas pelo aumento da capacidade em apreender e armazenar um grande número de informações totalmente desnecessárias.
Enquanto o Homo sapiens se dedicou a fabricar ferramentas e diversos objetos que lhe vieram à cabeça, o Homo sentadus aproveita muito pouco do produzido pelo seu antecessor e utiliza como únicos utensílios um "mouse" e um teclado.
Não necessita de caça ou pesca para se alimentar pois com poucos cliques, em muito pouco tempo tem toda a comida que necessita, entregue na sua própria porta.
É de extrema importância o cuidado para que esta espécie não avançe no sentido de enfatizar o Homo deitatus, porque aí sim seria uma grande tragédia para esta espécie, que me parece longe da extinção. O Homo deitatus tem como ferramenta simplesmente um contrôle manual de onde opera uma tela escolhendo uma pobre programação, contribuindo assim para uma atrofia ainda maior do seu cérebro.
Roberto Quintana
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